segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Necessitamos da proteção de Nossa Senhora Aparecida

Maria apareceu em muitos lugares: Lourdes, Fátima, La Salete… Mas, no Brasil, o Senhor quis que ela “aparecesse” por meio de uma imagem.
A imagem é uma representação plástica, que se torna uma linguagem forte, visual; o importante é que ela seja autêntica, isto é, que transmita a mensagem que traz em si.
A nossa Padroeira apresentou-se ao Brasil por meio de uma imagem. O nosso povo é pobre e muitas pessoas, naquela época, não sabiam ler – hoje ainda é grande o número de analfabetos, e mesmo aqueles que sabem ler, não o fazem em profundidade. Todos, porém, precisam de imagens que lhes fale ao coração.A escultura evangelizadora de Nossa Senhora Aparecida que Deus usou no Brasil foi tão simples e pequena! Na sua humildade, Maria colocou-se sempre pequena. Por isso, Deus a fez grande e realizou nela maravilhas. Ela é a pobre do Senhor; e porque assim se fez, Ele olhou para sua pequenez, para sua humildade e nela fez maravilhas. Daí, Maria pôde profetizar: “Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”. É isso o que diz seu cântico.
Todo esse trabalho de evangelização que estamos realizando hoje deve ser feito com a força e o poder de Deus. Mas para que isso aconteça ele só pode ser feito na humildade. Você pode e deve ser muito humilde e, por isso mesmo, muito eficaz.
Confunde-se muito eficácia com altivez, orgulho e autossuficiência. Isso é do mundo, é dele ser soberbo e orgulhoso. Deus, no entanto, não é assim! Aprenda com a pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida, pois não houve, no mundo, eficácia como a dela. Maria gerou em seu ventre o Salvador, trouxe a salvação a toda a humanidade e assim tudo realizou humildemente. Não encontramos na Bíblia alguém mais pobre e simples de coração do que ela, justamente por isso, Deus fez dela a maior maravilha: o ponto de ligação entre a terra e o céu.
Humildade não é sinônimo de ineficiência. As pessoas pensam que os humildes são ineficientes. Não! Os orgulhosos, vaidosos e autossuficientes fazem estardalhaço, porque são iguais ao bumbo, que faz um barulhão, mas é vazio. O segredo da eficácia está na humildade. Você quer alguém mais eficaz do que Maria?! Ela trouxe o Salvador e a salvação a este mundo, trouxe a essência. Precisamos aprender essa eficácia com Maria.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira do Brasil

Com muita alegria nós, brasileiros, lembramos e celebramos solenemente o dia da Protetora da Igreja e das famílias brasileiras: Nossa Senhora da Conceição Aparecida

A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).
Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.
Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede.
A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.
Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).
No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.
O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.
Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.
Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o “maior Santuário Mariano do mundo”.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Padre nos EUA vai a universidades responder dúvidas sobre fé

Sacerdote leva uma mesa para frente de universidades e fica à disposição para conversar com pessoas que tenham alguma pergunta sobre fé

Já imaginou uma pessoa ficar sentada diante de uma universidade unicamente para responder perguntas sobre fé? Sem gostar de ficar dentro de uma construção o tempo todo e inspirado pelo desejo de que haja um sacerdote no campus universitário, um padre dos Estados Unidos tem dedicado seu tempo a essa tarefa.
“Ask a Priest a Question”, em português “Faça uma pergunta ao Padre” é um movimento idealizado pelo padre Bryce Sibley e realizado desde abril de 2011 na cidade de Lafayette, no estado de Louisiana. O padre vai com uma mesa, que chama de cabine, para a frente da universidade e ali interage com os estudantes e professores.
Padre Bryce, autor da iniciativa / Foto? Arquivo Pessoal
Padre Bryce, autor da iniciativa / Foto: Arquivo Pessoal
Uma vez na semana, às quarta-feiras, padre Bryce dedica de duas a três horas de sua manhã para atender às dúvidas. “Alguns dias é bem devagar e apenas 2 ou 3 pessoas perguntam alguma coisa. Mas geralmente em torno de 7 a 10 pessoas param para fazer alguma pergunta ou dizer ‘oi’”, informa padre Bryce ao Portal Canção Nova.
Sobre a recepção dos jovens à iniciativa, o sacerdote contou que a reação foi positiva. Segundo ele, muitos estudantes gostam de ver um padre com tal abertura presente no campus. Com relação às perguntas, são variadas, normalmente sobre a Bíblia. “As perguntas mais comuns são em relação à Bíblia e como interpretar as passagens. É por isto que sempre tenho comigo uma cópia da Bíblia”.
Grande parte do público atendido pelo projeto é de estudantes, mas muitos professores já dirigiram perguntas ao padre ou então simplesmente um pedido de oração. E não só os crentes vão até padre Bryce; ele contou que ateus fazem perguntas ocasionalmente. “Vejo isto como grande oportunidade para dialogar e frequentemente acaba que sou eu quem faz perguntas a eles”.
Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Francisco: para a Igreja, "a família é a Constituição"

Enquanto dentro do Vaticano se realiza o Sínodo dos Bispos com o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, o Papa encontrou-se na Praça São Pedro com os peregrinos nesta quarta-feira, 7 de outubro e fez uma catequese sobre o “espírito familiar”. 
Francisco iniciou afirmando que a família que percorre o caminho do Senhor é um testemunho fundamental do amor de Deus e consequentemente, merece toda a dedicação da Igreja. Neste sentido, a Assembleia Sinodal iniciada no último domingo, 4 de outubro, deve interpretar com o olhar de hoje a solicitude e a atenção da Igreja. 
Para Francisco, os homens e as mulheres de hoje necessitam de uma ‘injeção de espírito’ de família. O estilo dos relacionamentos atuais – civis, econômicos, jurídicos, profissionais e de cidadania – é racional, formal, organizado... em poucas palavras ‘desidratado’, árido, anônimo. Às vezes, estas relações tornam-se insuportáveis porque relegam à solidão e ao ‘descarte’ um número sempre maior de pessoas. 
Diante de uma cultura que não reconhece e pouco apoia as pessoas em suas diferentes relações sociais, a família abre uma perspectiva mais humana: é nela, e a partir dela, que se estabelecem vínculos de fidelidade, sinceridade, cooperação e confiança. 
Base sólida
Na família, os filhos abrem os olhos para a vida, aprendem que as relações humanas devem edificar-se sobre a aliança livre do amor, assimilam a necessidade de tecer laços de fidelidade, sinceridade, confiança e cooperação e respeito, sobretudo pelos mais necessitados. 
“Ensina-se a honrar a palavra, a respeitar cada pessoa e compreender seus limites. A família favorece uma atenção insubstituível aos membros mais vulneráveis, feridos e devastados em suas vidas”. 
Por isso, concluiu o Papa, “rezemos pelos Padres Sinodais, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam dar à Igreja, como família de Deus, novo impulso para lançar as suas redes que libertam os homens da indiferença e do abandono, promovendo o espírito familiar no mundo”.
 
Nas saudações finais, o Papa cumprimentou os agentes poloneses da Cáritas local e os religiosos e religiosas que desempenham a pastoral dos migrantes poloneses. Ainda neste campo, Francisco deu as boas-vindas ao grupo de refugiados iraquianos que estava na Praça. E enfim, saudou o Arcebispo Vincenzo Paglia e seus colaboradores, agradecendo-os pela organização do VIII Encontro Mundial de Famílias, realizado em Filadélfia há poucas semanas.  
Com cordialidade, Francisco também se dirigiu os anglicanos, incluindo uma dezena de pastoras e bispas da Comunhão Anglicana, presentes na Praça. 
Participaram desta audiência geral aproximadamente 30 mil pessoas. 

Cardeal Scherer faz um resumo do primeiro dia do Sínodo

A terça-feira, 6 de outubro, do Sínodo será marcada pela terceira Congregação Geral e, na parte da tarde, pela I sessão dos círculos menores.
O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, fará diariamente aos leitores da Rádio Vaticano um resumo do que está sendo debatido em aula. Eis o que o Cardeal disse sobre o primeiro dia:
“O primeiro dia, naturalmente, teve todos os ritos de abertura e a palavra do Santo Padre. O Papa deu orientações muito importantes para o Sínodo. Disse que não era um parlamento nem um parlatório, onde se deve chegar a um compromisso para acertar as ideias ou, então, que um partido vence o outro. Disse que o único partido ali é o Espírito Santo, portanto todos devemos estar atentos ao Espírito Santo e não se trata de fazer com que vença uma maioria, mas vença a Verdade."
Intervenções
"Tivemos depois o longo relatório de introdução do Relator-Geral, Card. Erdo, que fez uma síntese do Instrumento de Trabalho e depois passamos para as intervenções individuais de três minutos. Muitos falaram sobre a primeira parte do Instrumento, a problemática da família, retomando em síntese a Assembleia do ano passado. No fim da tarde, houve as intervenções livres, também breves, mas sobre temas diversos."
Círculos Menores
"Hoje se continua sobre a primeira parte, mas já na parte da tarde iremos aos grupos, por línguas, para fazer um apanhado geral daquilo que se disse na primeira parte e também para elaborar o texto da primeira parte, que depois será praticamente encaminhado para a Secretaria-geral, a fim de ajustar para que o texto seja levado à votação no final."
Foto: Observatório Romano

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sínodo: não há dois ou mais partidos, mas pastores à escuta de Deus

Realizou-se no início da tarde desta segunda-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a primeira de uma longa série de coletivas sobre o Sínodo, cujos trabalhos durarão três semanas.
Conduzida pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, a coletiva teve a participação de um presidente-delegado, Cardeal André Vingt-Trois, do relator-geral, Cardeal Peter Erdő, e do secretário especial, Dom Bruno Forte.
Card. André Vingt-Trois: o Sínodo é tempo de oração, de reunião e de caminho
As primeiras impressões sobre a assembleia sinodal, o contexto atual ligado às realidades vividas pelas famílias e as finalidades do Sínodo. Esses foram os temas no centro da coletiva aberta pelo Cardeal Vingt-Trois, que recordou que os eventos vividos a partir de sábado representam uma significativa introdução ao Sínodo.
A assembleia sinodal é um tempo em que a Igreja está em oração, como se deu durante a Vigília de sábado passado e como durante a missa de abertura – afirmou o presidente-delegado de turno.
O Sínodo – acrescentou – é também um tempo em que a Igreja se reúne, como este dia, em torno do Papa. É um tempo em que se coloca junto em caminho. Em seguida, o cardeal francês ressaltou suas primeiras impressões sobre o Sínodo:
A primeira impressão muito forte, que tive na manhã de segunda-feira, foi ver, de modo excepcional, a grande diversidade dos participantes, a diversidade dos continentes representados, a diversidade de Igrejas – porque há representantes das Igrejas orientais e das Igrejas latinas –, a diversidade de experiências... Todo esse conjunto e essa diversidade – que poderia levar a considerar improvável que se chegue a concordar sobre alguma coisa – são reunidos em torno do Papa, tendo como indicações as que já foram dadas no Sínodo de 2014 e que foram reiteradas esta segunda-feira. As indicações com as quais debatemos e refletimos neste momento de modo aberto: como a dizer que estaremos abertos a Deus que nos guiará através da oração e da meditação da Palavra de Deus. Estaremos abertos uns aos outros e esse é o estilo do diálogo que devemos buscar viver. Estaremos abertos às realidades que as famílias vivem, partindo justamente dos relatórios que obtivemos ao longo do ano.”
Card. Erdő: fundamental o papel de comunidades compostas por boas famílias
Referindo-se ao trabalho preparatório em vista da Relatio, o Card. Erdő afirmou que emergiram duas grandes realidades:
“A primeira era a desconfiança global para com as instituições, não somente para com a instituição do matrimônio e da família, mas pelas instituições em geral. Outro fenômeno é a presença maciça e o papel fundamental das comunidades cristãs católicas compostas por boas famílias, que se ajudam reciprocamente, que já têm um papel importante em muitas paróquias, em muitos movimentos, inclusive na transmissão da fé. E que têm também tantos meios para preparar humanamente os jovens para o matrimônio e a família, e acompanhar o casal, ajudar nos momentos de crise, inclusive em situações de problemas existenciais, como o desemprego, a precariedade no trabalho, a doença... E nesse entrelaçamento de comunidades de famílias tornou-se mais claro que a família mononuclear sozinha não basta para salvaguardar ou reforçar a solidariedade entre as gerações. Também nesse campo é necessário – não somente importante, mas parece necessário – o papel dessas comunidades de famílias.”
Dom Forte: não há dois ou mais partidos, mas pastores à escuta de Deus
Por sua vez, o secretário especial do Sínodo, Dom Forte, recordou que entre os bispos há não dois ou mais partidos como defenderam alguns meios de informação. “Trata-se de pastores, homens de fé que se colocam à escuta de Deus e diante das expectativas e dos desafios do povo.” “Isso nos une muito mais profundamente do que todas as nuanças e diferenças”, disse o prelado. Em seguida, Dom Forte recordou as finalidades do Sínodo:
“As finalidades são fundamentalmente duas. A primeira é propor o Evangelho da família, a família como sujeito e objeto central da pastoral, como valor prioritário sobre o qual investir, mesmo numa época em que em tantas partes do mundo ela parece em crise. Por outro lado, a atitude pastoral de acompanhamento e de integração necessária para com todos. Obviamente, a começar pelas famílias ou pelas famílias em crise. Isso exige um estilo de grande paresia (coragem, audácia, firmeza, destemor, ndr), de grande franqueza, inclusive no Sínodo, porque precisamos fazer-nos ressonância das esperanças e das dores de todas as famílias do mundo, mas também um sentido de profunda responsabilidade diante de Deus e dos homens. O Papa Francisco falou de coragem e de humildade e falou de oração confiante. Creio que essas são as chaves para que o estilo do Sínodo possa ser fecundo: não fechar os olhos diante do nada; ter um sentido alto de responsabilidade diante de Deus e dos homens, das suas esperanças, de seus sofrimentos, viver uma profunda docilidade à ação do Espírito Santo, a partir de um estilo de oração, de humildade evangélica diante do Senhor e de coragem apostólica diante do mundo.”
Fonte: arqrio.org
Foto: Observatório Romano