O Ofício de Trevas, com já quinze séculos de existência, encerra as páginas mais veneráveis do antigo breviário. Ao recitá-lo sentimo-nos invadidos dum respeito santo. A Igreja procura condensar nele os sentimentos que animaram o Salvador nos mistérios da sua Paixão.
Durante o Ofício de Trevas destes três últimos dias, coloca-se no meio do coro um candelabro triangular com treze velas acesas que um acólito vai apagando sucessivamente a cada salmo que o coro termina, exceção da que está no vértice. Este antigo rito designa por alegoria que Jesus Cristo é a verdadeira luz do mundo. As velas acesas e que se vão extinguindo gradualmente representam a glória do Salvador que se vai apagando também com o vento implacável da ignomínia e dos trabalhos da Paixão. Ao cabo duma agonia de três horas, Jesus morre e o mundo fica em trevas. Ao canto da última antífona, só a vela do vértice se conserva acesa. Por fim, esta também desaparece, deixando a cruz do Senhor cercada pela noite até o momento em que o clero, batendo nos cadeirais do coro para significar com este ruído que o Senhor Ressuscitou, o acólito reentra com a vela na Igreja e coloca-a no seu primeiro lugar.
Imagens:
Fotos: Marco Longuinho - Paróquia de São Joaquim
Belos momentos de uma Semana muito Santa que, através de Pe. Gleuson, pudemos vivenciar na Sangue de Cristo.
ResponderExcluirQue a sua caminhada seja fortalecida e glorificada pela Ressurreição do Senhor.
(Tania e Antonio)