Sempre muito compadecido com os pobres, Santo Antônio casava muitos deles sem exigir nenhuma contribuição financeira para a igreja, como era costume na época. Veio daí a fama de "santo casamenteiro".
“Conta-se também que uma jovem muito bonita, que queria encontrar um marido, fazia todos os dias orações e colocava junto à imagem de Santo Antônio flores que ela mesma colhia em seu jardim. Já cansada de esperar ela atira a imagem pela janela que cai na cabeça de um rapaz que se apaixona por ela e mais tarde eles se casam”, recorda o pároco Lilson Rodrigues da paróquia Santo Antônio, de Cachoeira Paulista, interior de São Paulo.
Antes de morrer, Santo Antônio prometou que nunca deixaria de atender um pedido dos fiéis. Com os anos, surgiram simpatias em relação a imagem do santo, mas como alerta o padre, tais coisas são heresias que nada condizem com a fé católica.
Mas Santo Antônio é mais que um santo casamenteiro, ele foi um grande anunciador do Evangelho e para padre Lilson o grande exemplo que Santo Antônio deixou foi o de uma vida coerente com aquilo que se prega.
“Maior característica de Santo Antônio é a busca por uma vida coerente. Pois ele sabia que muito mais que anunciar é preciso ter a vivência da palavra de Deus, mirando o exemplo dos santos”, destaca o pároco.
História de Santidade
Nascido em 15 de agosto de 1195, em Lisboa, Portugal, ele recebeu no batismo o nome de Fernando. Era o único herdeiro de Martinho, nobre pertencente ao clã dos Bulhões e Taveira de Azevedo.
Fernando teve uma vida farta e estudou nos melhores escolas. Mas depois ingressar na vida religiosa na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, o jovem sacerdote pede para ser transferido para Coimbra a fim de ficar longe do assédio da família que não aceitava sua escolha pela pobreza.
Nos estudos de filosofia e teologia, ele não encontrou dificuldade, pois tinha uma inteligência e uma memória formidável, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade.
Em Portugal, conheceu conheceu a família dos Franciscanos e se encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, além da vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças. E é na ordem dos franciscanos que Fernando adota o nome de Antônio.
“Lá ele passa a fazer trabalhos braçais e viver uma vida bem diferente daquela que ele vivia. Lá ele também conhece a graça da contemplação e conhece o próprio Francisco de Assis”, conta padre Lilson.
Certa vez, o supervisor pede para ele fazer o sermão do dia de improviso e todos ficaram surpresos com sua facilidade e sabedora para anunciar o Evangelho.
Amor aos pobres
Padre Lilson conta que num certo dia, Santo Antônio tomou todos os pães do convento e distribuiu aos pobres. O padeiro do convento ficou desesperado pois não tinha o que servir aos franciscanos, mas Antônio pediu para que ele verificasse na dispensa e ali aconteceu o milagre da multiplicação.
Assim a exemplo de Santo Antônio, este ano, Beatriz decidiu doar alguns pães para sua paróquia, afim de que fossem abençoados e entregues às famílias. “Mas esse ano não estou pedindo nada, só quero que esses pães cheguem até a casa das famílias e que as abençoe para nunca faltar alimento a elas e que sejam felizes”, diz a devota.
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