terça-feira, 1 de abril de 2014

José de Anchieta inspira a evangelização das novas gerações

A ser canonizado por meio de decreto pelo Papa Francisco no próximo dia 2 de abril, o jesuíta José de Anchieta marca a história do Brasil e a evangelização da juventude. Para celebrar, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, presidirá missa em ação de graças na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no mesmo dia da canonização, às 18h. O Papa Francisco celebrará missa em ação de graças no dia 24 de abril na igreja romana dos jesuítas, Chiesa del Gesù.
“Vamos pedir a Deus para que esse grande homem, esse jovem que veio para o Brasil, que deu sua vida aqui, nos inspire para que possamos viver a nossa vida de fé, falar de Jesus Cristo a essas novas gerações”, ressaltou Dom Orani. O cardeal relembrou a alcunha do novo santo de “apóstolo do Brasil”. Em 1553, com 19 anos, foi convidado a vir para o Brasil como missionário, quando era noviço da Companhia de Jesus.
O arcebispo disse ainda que vivemos uma “mudança de época e de valores que são muito sérias”. A canonização de Anchieta mostra que a Igreja “reconhece pela sua vida, pelo trabalho que fez, pela sua pregação um grande evento que deve ser difundido pelo mundo afora”.
Além de ser emblemático para a história do Brasil, José de Anchieta também é uma “figura universal”, de acordo com o antigo reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutor em Direito Canônico, padre Jesus Hortal Sánchez, SJ.

A canonização era aguardada por fiéis de todo o país dada a popularidade do jovem, que soube unir povos e culturas. “Representa esse ideal da unidade em torno da mesma fé e da mesma cultura que se acaba formando pela fusão do português e do indígena. Creio que realmente é uma alegria muito grande e especialmente para nós jesuítas, porque Anchieta foi jesuíta e provincial. Foi uma pessoa importante dentro da nossa Ordem”, explicou o sacerdote.

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