Cada vez mais, a Festa de São Sebastião ultrapassa as comemorações do dia 20 de janeiro, dia do santo padroeiro da Arquidiocese e da cidade do Rio de Janeiro. A imagem missionária de São Sebastião percorre toda a cidade e, por 13 dias, momentos de fé, devoção e unidade marcam os corações dos fiéis. A celebração também prepara os católicos da Arquidiocese indicando a motivação pastoral que seguirão no ano que se inicia. Com o tema “São Sebastião, discípulo do amor e da caridade”, a trezena de 2014 abre as reflexões e atividades do Ano da Caridade.
A escolha dos locais que devem receber as visitas da imagem missionária e do arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, junto com sua comitiva, segue a motivação lançada pelo lema da festa e o tema da arquidiocese neste ano. Segundo monsenhor Joel Portella Amado, coordenador arquidiocesano de Pastoral, uma série de locais marcados por situações de aguda dor e sofrimento serão contemplados pela programação, como hospitais, centros socioeducativos, casas geriátricas, presídios, etc.
Como gesto concreto será realizada uma tradição arquidiocesana nas grandes concentrações, como a Festa de São Sebastião e Corpus Christi: além da atitude de oração, é realizada uma atitude muito fraterna e ao mesmo tempo religiosa de lembrar-se do irmão necessitado. No Rio de Janeiro, isso se concretiza pela coleta de alimentos. Esta coleta é sempre destinada à Cáritas Arquidiocesana que, por sua vez, faz a distribuição a diversos programas e projetos sociais acompanhados pela organização católica, sempre a situações de profundo sofrimento. “Isso não vai mudar. Isso fica como um gesto concreto e próprio do carioca que eleva a sua prece a Deus e faz ao irmão necessitado”, explicou ele.
Além dos locais marcados pelo sofrimento, a comitiva visitará também algumas comunidades eclesiais e a preferência sempre, neste período, são aquelas dedicadas a São Sebastião. “São igrejas dedicadas a São Sebastião, não importando se é matriz paroquial, se é capela, se é reitoria. O que se quer é estar geograficamente presente em toda a cidade”, afirmou monsenhor Joel.
São Sebastião e os 450 anos do Rio de Janeiro
Outro evento característico das visitas missionárias vai acontecer no dia 10 de janeiro, quarto dia da trezena: o deslocamento marítimo. No início da manhã, haverá um deslocamento pela baía de Guanabara, na região da Praia do Flamengo. Monsenhor Joel explica que a passagem por essa região histórica já chamará a atenção para as celebrações dos 450 anos da cidade, que serão iniciadas em março. “A imagem vai percorrer aquela região para que possamos rezar e homenagear a todos aqueles que deram suas vidas, durante a criação desta cidade, como os portugueses, indígenas e franceses. E ao fazer isso, rezamos por aqueles que, ao longo destes 450 anos, deram a sua vida por esta cidade”. Segundo ele, a história do Rio de Janeiro está muito ligada à religião e à devoção ao nosso padroeiro e é isso que, dentro das inúmeras celebrações dos 450 anos, a Igreja Católica deseja destacar.
Quem foi São Sebastião?
Soldado do império romano no final do séc. III e início do séc. IV, Sebastião sofreu o martírio em Roma, em virtude da sua fidelidade a Cristo e à Igreja. Em 1565, foi escolhido como padroeiro de nossa cidade, para cujos fiéis é modelo de fé, coragem, constância e disponibilidade. São Sebastião foi um grande missionário do seu tempo, levando o nome de Jesus a todos, fortalecendo os que estavam cansados e abatidos pela perseguição religiosa daquela época.
Fonte: arqrio.org
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