segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Anúncio da Campanha da Fraternidade abre trabalhos na Arquidiocese

Agentes das pastorais sociais da Arquidiocese do Rio estiveram reunidos na manhã deste sábado, 1 de fevereiro, na Catedral, para um encontro de formação para o anúncio  da Campanha da Fraternidade de 2014, que tem como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”.
Além do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, falaram ao grupo o vigário episcopal para a Caridade Social, cônego Manuel de Oliveira Manangão, a coordenadora arquidiocesana da Campanha, Carmem Silvia.
“O objetivo foi preparar os animadores para atuarem nas paróquias, nos vicariatos, nas foranias e nas paróquias, principalmente durante a Quaresma, refletindo o tema da Campanha da Fraternidade. Esse anúncio arquidiocesano é o ponta pé inicial para começar a trabalhar nos encontros quaresmais e depois continuar, para que a Campanha produza frutos em todo esse Ano da Caridade”, explicou Carmem.
Ver, julgar e agir
A partir do método “Ver, Julgar e Agir”, primeiro foram apresentados dados e informações sobre a realidade do tráfico humano no Brasil. O histórico da Campanha também foi recordada aos presentes. Dom Orani e o cônego Manuel Manangão falaram sobre a parte do “julgar” essa realidade, para uma mudança na mentalidade a partir da profunda reflexão do tema.
“Precisamos perceber cada situação que faz com que a vida humana seja degradada nas suas múltiplas situações, seja na realidade da mulher, da criança, do jovem, do adolescente, o mundo do trabalho, o mundo da saúde, o mundo da educação, onde, no fundo, acaba por enfraquecer a beleza do ser humano. A Campanha da Fraternidade nos apresenta essas situações aonde, sem que a gente perceba, o ser humano está sendo explorado”, destacou o sacerdote.
Para Dom Orani o tema da Campanha está bem próximo da realidade da população carioca e “não é só coisa de novela”. O cardeal nomeado pelo Papa Francisco citou a primeira leitura da Liturgia do Dia (2Sm 12,1-7a.10-17), em que Davi, ao ouvir a descrição de si mesmo e de suas faltas, não consegue identificar-se como pecador.
“Quando o problema está ao nosso redor não conseguimos identificá-lo. Às vezes o problema acontece bem do nosso lado, e não vemos. É preciso olhar para dentro de si, e por isso é ótimo que façamos essa reflexão na Quaresma, que é tempo de mudança de mentalidade, de conversão”, afirmou o arcebispo.
O texto bíblico ainda diz que foi graças ao profeta Natã que seu erro foi percebido e, segundo Dom Orani, ai está mais uma mensagem para viver bem a Campanha da Fraternidade. “Este não é um tema da Igreja Católica, mas nacional, que diz respeito a todos. E a Igreja deve assumir essa postura de profecia. Mais do que só falar sobre o assunto, devemos olhar ao nosso redor para denunciar e identificar as realidades que devem ser mudadas”.
Outra contribuição no aspecto “julgar” foi dada pela irmã Veronique, da Comunidade Missionárias da Vida, que emocionou os agentes de pastoral com a partilha de sua experiência no acompanhamento de mulheres que se prostituem na Vila Mimosa, Zona Norte do Rio.
“A presença de testemunhos como esse ajudam a quebrar as barreiras e preconceitos que podemos ter ao encontrar pessoas que vivam em situações de precariedade e fragilidade sociais, as que mais sofrem assédio para o tráfico humano”, explicou a coordenadora da Campanha.
O próximo passo da equipe arquidiocesana da Campanha da Fraternidade será no estímulo na criação de grupos de reflexão e a presença de palestras nos vicariatos e paróquias. “Agora nosso trabalho é na disseminação das informações sobre a Campanha e o tema para que todos possam viver intensamente o que nos é proposto como Igreja”, finalizou Carmem.
Fonte: arqrio.org

Um comentário:

  1. Para Frei Ivo Muller, nós parabenizamos todo seu trabalho, a pastoral familiar de Paróquia São Francisco de Campos Elisios. Sentimos saudades do senhor e o casal Adeildo e Denise mandamos um abraço e pedimos sua visita a comunidade Santo Antônio.
    Desde já agradecemos e deixaremos um telefone para contato: 2777-9061.

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