quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Coragem por amor


"Você me chama de corajosa?", ela questionou uma pergunta que a fizeram. "Talvez eu seja. Mas, isso porque eu tive alguns bons professores. Vou te contar sobre um deles. Há muitos anos, quando trabalhava como voluntária no Hospital Stanford, conheci uma garotinha chamada Liza que. sofria de uma doença grave e rara. Aparentemente, sua única chance de recuperação era uma transfusão de sangue de seu irmão de apenas cinco. anos, que sobrevivera milagrosamente à mesma doença e desenvolvera anticorpos necessários para combater o mal", ela recordou.

O médico explicou a situação ao irmãozinho dela, e perguntou ao menino se ele doaria seu sangue à irmã. O menino hesitou por apenas um momento antes de respirar profundamente e dizer:
"Sim, eu o farei, se for para salvar Liza".

À medida que a transfusão transcorria, ele, deitado num leito vizinho ao de sua irmã, sorria, como todos nós, ao ver a cor retornar a maçã de seu rosto. Depois, o rosto dele ficou pálido e seu sorriso se apagou. Ele olhou para o médico e perguntou numa voz trêmula: "Vou começar a morrer já?"

Sendo muito jovem, o menino compreendera mal o médico, pois pensou que teria que dar a ela todo o
seu sangue, "Sim, aprendi ser corajosa, acrescentou ela, porque tive professores que me inspiraram" (cf. Dan Milman, Jack Canfield e Mark Victor Hansen).

Penso que todos nós temos algo a refletir e viver de aprendizado com esta criança. Recebi este texto e vislumbrei nele uma resposta de Deus para muitos corações. Uma verdadeira dádiva diante de alguns desafios que todos nós enfrentamos para sermos fiéis as nossas escolhas de amor. A coragem nesta hora é puramente fruto de amor, amor vivido até as últimas consequências. Nele, descobrimos capacidades jamais pensadas.

Me desculpe quem nunca passou por algo semelhante, mas vejo que esta hora limite é a "hora ápice" em que descobrimos a intensidade do nosso comprometimento ao que se ama.

Publicado no Jornal Testemunho de Fé de 12 a 18 de fevereiro.

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