Cônego Manuel Manangão*
Família e educação são temas que estarão sempre no núcleo de uma
reflexão para a escolha de candidatos aos cargos públicos. Pois, eles
devem efetivamente se preocupar com a vida e a pessoa humana.
Infelizmente, em nossos dias, muitos costumam dizer que a defesa da
família é uma atitude conservadora e ultrapassada. E outros, sabendo que
a Igreja defende e promove a família, até incorporam este tema em seus
discursos. Na hora, porém, de efetivamente sair em prol da família,
pouco ou nada fazem. O Evangelho, porém, nos ensina que deixar de
defender a família é não se comprometer com a vida e a paz.
Quem defende a família se esforça pela geração de emprego e renda dignos
para os pais e mães, escola para as crianças e assistência médica para
todas as idades. Defende a família, quem se empenha pelos direitos
individuais, pela família baseada no casamento entre um homem e uma
mulher, pelo direito dos pais de escolherem a educação de seus filhos.
Por isso, diante das propostas dos candidatos, procure saber o que ele
entende por defesa da família. Procure indagar para saber se suas
propostas estão adequadas com o que a Igreja indica como defesa
autêntica da família. Faça, então, o discernimento a partir das
respostas teóricas e práticas que a vida do candidato apresentar.
Na defesa da família, não se pode deixar de lado o direito de todos à
educação. À luz da fé, a educação é um direito de toda pessoa, cabendo à
família e não ao Estado a direção do processo educacional. A verdadeira
educação é aquela que respeita as opções da família, sem impor
ideologias do Estado ou de uma parcela da sociedade.
O que seu candidato tem de fato realizado em favor da educação? O que
ele diz quando mostramos a ausência de escolas, especialmente para os
mais pobres? Como ele age diante da uma realidade que transformou a
educação em fonte de lucro, deixando em segundo plano a formação
integral das pessoas?
Numa educação integral há que se respeitar as convicções das pessoas e a orientação religiosa das famílias.
Uma grande conquista foi a aprovação, no Estado do Rio de Janeiro, do ensino religioso confessional e plural.
Você conhece esta proposta de ensino religioso confessional e plural?
Que passos você tem dado para conhecer melhor esta proposta? E o seu
candidato? O que ele pensa sobre este assunto? Como ele tem se
posicionado? Ele está entre os que têm tentado revogar a lei? Está entre
os que estão impedindo sua implantação?
Reflita, converse com os amigos e pessoas da comunidade. Lembre-se: O voto não tem preço, tem consequências.
* Vigário para a Caridade Social
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