sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Arcebispo de Aparecida informou sobre a canonização do Beato José de Anchieta

O Beato José de Anchieta, apóstolo do Brasil, será declarado santo pelo Papa Francisco no início do mês de abril. A informação foi dada nesta quinta-feira, 27, pelo arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno, durante entrevista nos estúdios da Rádio Vaticano.
“José de Anchieta deixou marcas profundas no início da colonização do Brasil, como também na sua evangelização. Eu creio que ele merece ser cultuado por toda a Igreja”, disse.
Dom Raymundo esteve com o Papa esses dias para falar sobre o beato José de Anchieta. Segundo ele, a canonização será feita de forma equipolente, ou seja, uma cerimônia mais simples, menos solene e que consiste na assinatura de um decreto pelo próprio Papa Francisco, em que ele declara santo o beato José de Anchieta.
A canonização será comemorada com uma missa celebrada pelo Papa Francisco e com a presença de bispos e representantes do povo canadense e do Brasil. Isso porque, segundo Dom Damasceno, a canonização de padre José de Anchieta será feita junto com outros dois beatos canadenses importantes para a história da Igreja no Canadá.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Procissão de São Sebastião é transformada em patrimônio da cidade

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, assinou um decreto tornando a tradicional Procissão de São Sebastião, que acontece todo dia 20 de janeiro, no Centro do Rio, em um patrimônio cultural da cidade. O decreto foi publicado no dia 20 de fevereiro, no Diário Oficial. Igualmente será preservada a bênção que é conhecida como “Bênção dos Barbadinhos”, concedida pelos frades franciscanos toda primeira sexta-feira do ano na Igreja São Sebastião (dos Capucinhos), na Tijuca, há mais de 80 anos.
A Igreja dos Capuchinhos abriga os marcos de fundação da cidade: a pedra da fundação com o escudo português esculpido, a imagem original de São Sebastião e a lápide do túmulo de Estácio de Sá, o fundador.
A decisão faz parte dos preparativos para a comemoração dos 450 da cidade, que será no dia 1º de março.
“A festa do padroeiro é uma tradição muito arraigada na memória afetiva do carioca e isso certamente será levado em conta nas comemorações dos 450 anos”, afirmou o presidente do Comitê Rio450, que organiza as comemorações do aniversário da cidade, Marcelo Calero.
Fonte: arqrio.org

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Missa de acolhida do novo cardeal será no dia 25 de fevereiro

Após ser criado Cardeal e cumprir uma extensa agenda de atividades no Vaticano, Dom Orani chegará à Cidade Maravilhosa nesta terça-feira, dia 25 de fevereiro. No mesmo dia, toda arquidiocese é convidada a render graças a Deus participando da Santa Missa, às 18h, na Catedral de São Sebastião.

Na quarta-feira, dia 26, o cardeal receberá os cumprimentos de leigos, religiosas, sacerdotes e dos cariocas em geral no Palácio São Joaquim, na Glória, onde reside. O ato acontecerá entre 15h e 18h. O palácio fica na Rua da Glória, 446.

Fonte: arqrio.org

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Papa nomeia Cardeal Damasceno Assis para a presidência do Sínodo

O Papa Francisco nomeou nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, o arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, para a presidência do Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a Família que se realizará, no Vaticano, de 5 a 19 de outubro próximo.
O Santo Padre também nomeou para a presidência do Sínodo o arcebispo de Paris, cardeal André Vingt-Trois, e o arcebispo de Manila, cardeal Luis Antonio Tagle.
Os três purpurados irão presidir o Sínodo sobre a Família que abordará o tema "Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização". 
O anúncio foi feito, nesta sexta-feira, pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, na coletiva aos jornalistas.


Fonte: arqrio.org

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Cardeal Tempesta!

“A Igreja precisa que sejamos homens de paz, que caminhemos juntos e atrás do Senhor”, afirmou o Papa Francisco durante o Consistório realizado na manhã deste sábado, dia 22 de fevereiro, na Basílica Vaticana. O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, foi um dos 19 cardeais criados. A presença do Papa emérito Bento XVI foi saudada no primeiro consistório do Papa Francisco.
O Santo Padre refletiu sobre o Evangelho de São Marcos 10, 32-45. O texto bíblico ressalta que a autoridade na Igreja não é honra, mas um serviço. Papa Francisco destacou a importância de não ter medo da Cruz e de não se deixar levar por sentimentos mundanos.
temp_titleIMG_20140222_WA0002_22022014082335“Caminhar com Jesus: Essa é a nossa alegria. Deixemo-nos convocar e instruir por Ele. A Igreja precisa de vocês, precisa da vossa comunhão comigo e entre vocês. A Igreja necessita da vossa coragem para dar testemunho, necessita da vossa oração e compaixão, principalmente nesse momento de tanto sofrimento no mundo”, disse o Santo Padre.
Após a mensagem do Papa, teve início o Rito de Criação dos Novos Cardeais, com o ato de obediência ao Papa e seus sucessores, a imposição do barrete e solidéu cardinalício, a entrega do anel e o anúncio do título de uma igreja de Roma a cada cardeal. O arcebispo do Rio recebeu o título de Santa Maria Mãe da Providência. A celebração foi encerrada com a bênção papal e o canto Salve Rainha. A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, esteve presente no consistório. A visita de cortesia aos novos cardeais está marcada para sábado, dia 22, das 16h30 às 18h30 (horário de Roma). Dom Orani receberá os cumprimentos na Sala Paulo VI.

Na Arquidiocese do Rio, o arcebispo será acolhido pelos fiéis no dia 25 de fevereiro, às 18h, na Catedral de São Sebastião do Rio, no Centro.

Fotos: Carlos Moioli e Padre Jefferson Merighetti
Fonte: arqrio.com

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Papa abre Consistório sobre a Família

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, segue sua agenda de compromissos em Roma com a participação no Consistório Extraordinário aberto hoje de manhã, dia 20 de fevereiro, pelo Papa Francisco. Os 185 cardeais e futuros cardeais devem refletir nestes dois dias temas relacionados à Família. 

Francisco abriu o encontro com uma saudação aos participantes “destes dias de encontro e trabalho sobre a família, que é a célula fundamental da sociedade humana”. 
“Desde o início, o Criador colocou a sua bênção sobre o homem e a mulher, para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; e assim a família torna presente, no mundo, como que o reflexo de Deus, Uno e Trino”, afirmou. 
Prosseguindo, o Papa disse que “a nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”. 
O Papa disse ainda que serão aprofundadas “a teologia da família e a pastoral que devemos implementar nas condições atuais. Façamo-lo com profundidade e sem cairmos na casística”, advertiu, “porque decairia, inevitavelmente, o nível do nosso trabalho. Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”.
temp_titleDom_Orani_20022014102144"É-nos pedido que ponhamos em evidência o plano luminoso de Deus para a família, e ajudemos os esposos a viverem-no com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades com uma pastoral intellgente, corajosa e amorosa".
Após a intervenção do Papa, o Cardeal Walter Kasper, Presidente emérito do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, apresentou uma palestra de teor “reservado aos participantes”.
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Ao longo dos dois dias de reunião estão previstas outras intervenções, com a participação dos 19 prelados que serão criados cardeais pelo Papa Francisco no sábado, 22, no primeiro Consistório de seu pontificado. 
A reflexão sobre a Família inclui-se na preparação do próximo Sínodo dos Bispos, que vai decorrer em outubro de 2014.


Íntegra da mensagem do Santo Padre aos cardeais e futuros cardeais
Amados Irmãos,
Saúdo-vos cordialmente e, convosco, agradeço ao Senhor que nos proporciona estes dias de encontro e trabalho em comum. Damos as boas-vindas de forma particular aos Irmãos que vão ser criados cardeais, no sábado, e acompanhamo-los com a oração e a estima fraterna. Agradeço ao Cardeal Sodano as suas palavras.
Nestes dias, refletiremos especialmente sobre a família, que é a célula fundamental da sociedade humana. Desde o início, o Criador colocou a sua bênção sobre o homem e a mulher, para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; e assim a família torna presente, no mundo, como que o reflexo de Deus, Uno e Trino.
A nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida. Procuraremos aprofundar a teologia da família e a pastoral que devemos implementar nas condições atuais. Façamo-lo com profundidade e sem cairmos na "casística", porque decairia, inevitavelmente, o nível do nosso trabalho. Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade. É-nos pedido que ponhamos em evidência o plano luminoso de Deus para a família, e ajudemos os esposos a viverem-no com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades, com uma pastoral inteligente, corajosa e permeada de amor.
Em nome de todos, agradeço ao Cardeal Walter Kasper a preciosa contribuição que nos oferece com a sua introdução.
Obrigado a todos! E um bom dia de trabalho!
Fonte: arqrio.org

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Dom Orani embarca para Roma

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, embarcou para Roma nesta tarde de segunda-feira, dia 17 de fevereiro, onde vai participar do Consistório que o criará cardeal pelas mãos do Papa Francisco. Ele chegará a capital italiana por volta das 7h da manhã, horário local, depois de uma viagem de 11 horas.
O primeiro compromisso do cardeal nomeado no Vaticano é na manhã do dia 19, quando deve participar da audiência geral com o Papa Francisco. No mesmo dia, participa de uma Missa na Casa Geral dos Cistercienses, congregação a qual faz parte. Até lá, Dom Orani deve descansar da viagem.
Nos dias 20 e 21 de fevereiro, Dom Orani estará em retiro junto com os outros novos cardeais. O período de reflexão e oração é de preparação espiritual para a cerimônia do Consistório, que será realizado no sábado, dia 22, na Basílica de São Pedro. Outros 18 bispos serão criados cardeais junto com o arcebispo do Rio, nomeados pelo Santo Padre no dia 12 de janeiro.
Dom Orani retorna ao Rio no dia 25 de fevereiro, terça-feira, por volta das 7h da manhã. Direto do Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), ele visita a Capela Cristo Redentor, das Irmãs Missionárias da Caridade, em Bonsucesso. No local, haverá a acolhida, momento de oração, bênção e entrega de presente à comunidade religiosa com atividade diretamente ligada à caridade. Às 17h45, está marcada uma acolhida do cardeal na Catedral, com Santa Missa solene.
Fonte: arqrio.org

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Edificar a família no amor que vem de Deus, pede Papa aos noivos

Francisco reuniu-se, nesta manhã, com noivos de várias partes do
mundo que se preparam para o “sim” para sempre


No dia em que se celebra São Valentim, Dia dos Namorados na Itália e em alguns outros países, Papa Francisco participou de um encontro com noivos na Praça São Pedro. De várias partes do mundo, casais que se preparam para o matrimônio puderam ouvir as palavras do Santo Padre sobre amor, fidelidade e escolhas definitivas.
O tema do encontro foi “A alegria do ‘sim’ para sempre”. Esse foi, inclusive, o assunto da primeira pergunta dirigida por um casal de noivos a Francisco. O Papa recordou que, hoje em dia, muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas e, às vezes, se entende o amor somente como um sentimento. Mas é preciso, segundo o Papa, entender o amor como uma relação, uma realidade que cresce, como se constrói uma casa.
“Queridos noivos, vocês estão se preparando para crescer juntos, construir esta casa, para viver juntos para sempre. Não queiram fundá-la sobre a areia dos sentimentos que vão e vêm, mas na rocha do amor verdadeiro, do amor que vem de Deus. (…) Não devemos nos deixar vencer pela ‘cultura do provisório’”.
Esse medo do “para sempre” se cura, segundo o Papa, a partir da confiança em Jesus em uma vida que se torna um caminho espiritual cotidiano, feito de passos, de crescimento comum, de empenho para se tornarem homens e mulheres maduros na fé. Isso porque o “para sempre” não é só uma questão de tempo, mas é importante também a qualidade do matrimônio.
“Estar junto e saber amar-se para sempre é o desafio dos casais cristãos. Vem-me à mente o milagre da multiplicação dos pães: também para vós o Senhor pode multiplicar o vosso amor e doá-lo fresco e bom a cada dia”.
Na segunda pergunta, sobre o “estilo de vida” de um casal e a espiritualidade que se deve ter no cotidiano, Francisco voltou a enfatizar três palavras-chaves para a família: “por favor”, “obrigado” e “desculpe-me”.
“Todos sabemos que não existe uma família perfeita, um marido perfeito nem uma mulher perfeita. Existimos nós, pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: nunca terminar um dia sem pedir perdão, sem que a paz volte à nossa casa, à nossa família. Se aprendermos a pedir desculpas e a nos perdoar, o casamento vai durar e seguir adiante. (…) Nunca terminem o dia sem fazer as pazes. Esse é um segredo para conservar o amor.”
Os preparativos para o casamento também estiveram entre as preocupações dos noivos, que pediram um conselho ao Santo Padre sobre como celebrar bem o matrimônio. Francisco disse ser preciso fazer com que o casamento seja uma grande festa, mas uma festa cristã, não mundana. O que tornará o casamento pleno e verdadeiro é, segundo destacou o Papa, a presença do Senhor que se revela e doa a Sua graça.
“Alguns se preocupam com os sinais exteriores, com o banquete, as fotografias, as roupas, as flores… São coisas importantes em uma festa, mas somente se são capazes de indicar o verdadeiro motivo da vossa alegria: a bênção do Senhor sobre o vosso amor”, disse.
Antes da chegada do Papa, os noivos participaram de momentos de reflexão, música e testemunhos.
Fonte: Canção Nova

Coleta especial para a JMJ neste final de semana

Momentos de alegria, fraternidade e presença de Cristo Jesus. Essas são as lembranças dos dias iluminados passados com o Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude Rio2013. Apesar da chuva e do frio, a jornada foi um sucesso.
Entretanto, a JMJ Rio2013 teve um custo alto para a Arquidiocese do Rio de Janeiro. As perdas e deslocamentos, devido aos imprevistos ocasionados pelo mau tempo, custaram o que não estava previsto pela organização. Mesmo com a contribuição do Papa Francisco, realizada em janeiro, e as ações e campanhas realizadas pela arquidiocese, ainda há um valor para saldar.
Por isso, os bispos do Regional Leste 1 da CNBB, num gesto e solidariedade fraterna, resolveram fazer uma coleta especial em todas dioceses do Estado do Rio de Janeiro, no terceiro final de semana de fevereiro, nas missas celebradas nos dias 15 e 16, que serão destinadas à Arquidiocese do Rio de Janeiro para ajudar no que for necessário e possível.
De acordo com o arcebispo de Niterói e secretário do Regional Leste 1, Dom José Francisco Rezende Dias, a coleta não vai cobrir totalmente os gastos do evento, mas expressará a unidade, comunhão e generosidade do Regional para com a Arquidiocese do Rio.
“Esse gesto de partilha quer ser também um agradecimento a Deus por sua suprema gratuidade e generosidade experimentadas durante os dias da JMJ Rio2013. Esperamos que todos sejam generosos nessa coleta! E tenhamos a certeza de que Deus nunca se deixará vencer em generosidade.”, comentou Dom José Francisco.

Para o bispo de Nova Iguaçu (RJ) e vice-presidente do Regional Leste 1 da CNBB, Dom Luciano Bergamin, a coleta acontece num espírito de partilha, solidariedade e  fraternidade à Arquidiocese do Rio, que arcou com todos os gastos da jornada.
“O Regional Leste 1 decidiu em reunião, dar um apoio à arquidiocese por causa da maravilha e bênção que foi a JMJ Rio2013, principalmente no aspecto da evangelização, proporcionado bens pastorais, espirituais e sociais”, disse.
Todos investimentos da Jornada estão sendo pagos com recursos próprios da Igreja no Rio de Janeiro. Os contratos ainda em aberto estão sendo renegociados e os valores pendentes devem ser quitados na medida em que os recursos estiverem disponíveis.
Esses recursos foram oriundos das inscrições dos peregrinos, da venda de patrimônio da arquidiocese e do licenciamento de marca. Para pagar o saldo remanescente, continuam a ser arrecadados recursos através de doação dos fiéis e benfeitores. Não houve qualquer aporte de dinheiro público. A participação da administração pública se deu apenas para assegurar o funcionamento dos serviços públicos durante o evento.

A coleta também será feita nas missas realizadas nas paróquias e comunidades da Arquidiocese do Rio.
Fonte: arqrio.org

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Papa Francisco nomeia Dom Nelson Francelino Ferreira Bispo titular da Diocese de Valença


O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, Dom Nelson Francelino Ferreira, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, para a Diocese de Valença (RJ). Ele sucede a Dom Elias James Manning, que, em conformidade com o Cân. 401.1 do Código de Direito Canônico, pediu renúncia por causa da idade, que foi aceita pelo Pontífice.  Dom Elias completou 75 anos em 14 de abril de 2013. Estava na diocese de Valença desde março de 1990. Seu lema episcopal é “Tu és o Sumo Bem”.

Dom Elias se encontra em viagem e por isso não pode estar presente no anúncio do novo bispo, mas enviou uma nota, na qual agradece a todo "povo de Deus, padres, religiosos/as e fiéis leigos/as":
"Agradeço pela oração, amizade e colaboração oferecidas em benefício do crescimento do Reino de Deus em nossos nove municípios, desde 13 de maio de 1990, quando Deus me chamou para o Seu serviço nesta região. Que Jesus, o Bom Pastor, recompense a todos pela bondade!", disse.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

12ª Romaria Ciclística da Paz

“Que os ciclistas, assim como devem fazer todos os cristãos, 
aproveitem todos os momentos para silenciar e orar”


O arcebispo do Rio, Cardeal eleito Dom Orani João Tempesta, presidiu na manhã deste sábado, dia 8 de fevereiro, na Paróquia Santa Rosa de Lima, no Jardim América, a missa de envio da 12ª Romaria Ciclística da Paz. A previsão é que os ciclistas, que seguiram pela Rodovia Presidente Dutra, cheguem na tarde deste domingo, dia 9, ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (SP).
A Sagrada Eucaristia foi concelebrada pelo bispo emérito de Campo Limpo (SP), Dom Emilio Pignolli, pelo pároco e coordenador da Pastoral das Favelas, monsenhor Luis Antônio Lopes, e pelos demais sacerdotes presentes. A missa foi celebrada também pelo encontro da Pastoral das Favelas realizado, neste sábado, na paróquia.
Na homilia, Dom Orani refletiu sobre a Oração do Rei Salomão: “Dá, pois, ao teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?” (1Rs 3,9).
“Devemos fazer a oração de Salomão, pedir a Deus sabedoria para bem servir, porque isso faz uma diferença muito grande na maneira como fazemos as coisas. Em cada situação somos chamados a viver o Evangelho e a testemunhar Jesus Cristo Nosso Senhor”, afirmou o arcebispo.
Na reflexão sobre o Evangelho, Dom Orani incentivou os cristãos, especialmente os agentes de pastorais, a olharem para as pessoas com os olhos de Cristo, que teve compaixão do povo que sofria e estava ‘faminto’ espiritualmente, necessitando ouvir a Palavra de Deus, como “ovelhas sem pastor” (Mc 6,34).
“É necessário olhar com carinho para aquele que necessita de pastoreio, de ajuda e de um sentido de vida”, incentivou.      
Antes da saída da romaria, Dom Orani abençoou os ciclistas e suas bicicletas. Em Aparecida, eles participarão da missa e serão consagrados a Nossa Senhora.
“Deus quer estar com os seus discípulos para um tempo de oração. Em todos os nossos trabalhos e atividades missionárias, devemos ter comunhão com Deus. Essa peregrinação deve ser mais do que apenas um exercício físico. Mais do que chegar a um destino, os romeiros devem olhar com o coração os acontecimentos do caminho e ver os sinais de Deus no trajeto. Que os ciclistas, assim como devem fazer todos os cristãos, aproveitem todos os momentos para silenciar e orar”, finalizou.
Fonte: arqrio.org

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

CNBB lança nota sobre situação carcerária brasileira

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concedeu entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quinta-feira (06), após o final da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep). Na ocasião, foi lançada uma campanha de solidariedade ao povo sírio e também foi divulgada uma nota sobre a situação carcerária no Brasil.

Durante a coletiva, em uma parceria com a Cáritas Brasileira, a CNBB lançou a campanha de arredação de fundos para auxiliar os esforços de assistência humanitária à população da Síria, que vive uma situação de guerra civil, desde 2011.
“A solidariedade não tem fronteiras, não tem distinção de pessoas, povos e credos, e a CNBB quer marcar presença por meio da Cáritas nacional como essa campanha em favor do povo sírio”, afirmou o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno.
De acordo com a ONU, mais de 9 milhões de pessoas precisam de ajuda urgente. A campanha conclama que as dioceses, paróquias, comunidades e pessoas de boa vontade realizem coletas de solidariedade em favor do povo sírio. (Veja abaixo como colaborar)
Ainda na coletiva, o bispo-auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, apresentou uma nota, produzida durante o Consep, que manifesta o repúdio à situação carcerária no Brasil. “O modo como nós tratamos as pessoas dentro das prisões exige uma mudança radical e urgente”, afirmou dom Leonardo.
No texto, os bispos afirmam que o modelo prisional atual “produz a desigualdade social, uma das maiores causas da violência”. A nota faz referência aos violentos assassinatos de detentos, ocorridos no Maranhão. “É lamentável que o Estado e a Sociedade só tenham olhos para a situação carcerária quando os presídios são palco de cenas estarrecedoras como as do Maranhão”, diz a mensagem.
Cáritas
Para doações para a campanha de solidariedade ao povo sírio, as contas disponíveis para depósito são: Banco do Brasil, agência 3475-4, conta corrente 0000-0; Caixa Econômica Federal, agência 1041, conta corrente 000-0, operação 003; Bradesco, agência 0606, conta corrente 00000-0.

Dom Orani é nomeado para Pontífico Conselho para os Leigos

Semanas após a nomeação cardinalícia do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, o Papa Francisco anunciou na manhã desta quarta-feira, dia 6 de fevereiro, a sua nomeação como membro do Pontifício Conselho para os Leigos.
“Foi uma surpresa receber a notícia da nomeação. Para mim é uma grande graça servir nesse dicastério, que conheço bem, onde realizamos muitas reuniões para preparar a Jornada Mundial da Juventude. No pontificado do Papa Francisco, este é o momento de darmos novos passos que a Igreja deve dar em relação aos leigos, às Novas Comunidades, aos jovens. É um novo trabalho que o Santo Padre me confia e que peço a Deus que me dê o dom e me capacite para essa missão”, declarou o cardeal eleito.
Outro brasileiro também foi nomeado pelo Vaticano como membro do Pontifício Conselho para os Leigos: o Cardeal João Braz de Aviz, que se encontrava no Rio no dia do anúncio, como conferencista do Curso Anual dos Bispos, que acontece no Sumaré.
“Sabemos que essas nomeações têm o sentido do serviço à Igreja e deve ser acolhida com atitude de quem quer contribuir com aquilo que nós podemos, com as nossas limitações. Por isso recebo com muita simplicidade essa nomeação. A gente vai para onde o Santo Padre pede”, disse o Cardeal Aviz.
Nomeações

Também foram nomeados membros outros cardeais, entre os quais o arcebispo de Viena (Áustria), Christoph Schoborn, o de Milão (Itália), Angelo Scola, o de Nairóbi (Quênia), John Njue, o de Munique (Alemanha), Reinhard Marx, de Manila (Filipinas), Luis Antonio Tagle, entre outros.

O Papa Francisco nomeou ainda alguns consultores do Pontifício Conselho para os Leigos, entre os quais o arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira Corrêa; e o Frei Hans Stapel, O.F.M., fundador e presidente da Associação Internacional de Fiéis Família da Esperança.

Sobre o Pontifício Conselho dos Leigos

O Pontifício Conselho para os Leigos (Pontificium Consilium pro Laicis) é o dicastério que assiste ao Sumo Pontífice em todas as questões que tem a ver com o aporte que os fiéis leigos dão a vida e a missão da Igreja, seja como pessoas individuais, ou seja, através das diversas formas de organizações que nasceram e que continuamente nascem na Igreja.

Este discastério também é responsável pela organização das Jornadas Mundiais da Juventude, que teve sua última edição realizada em julho do ano passado no Rio de Janeiro.

* Com informações da Rádio Vaticano e colaboração de Leanna Scal - WEBTV Redentor

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014

Os cristãos cuidem com amor das várias pobrezas

materiais, morais e espirituais


No tempo da Quaresma, a Igreja seja "bem disposta e diligente" em cuidar de toda a miséria material, moral e espiritual, com o anúncio do Evangelho e o serviço concreto da caridade: pede o Papa Francisco na sua Mensagem para o período de preparação para a Páscoa, que começa no próximo 5 de Março, quarta-feira de cinzas.
Para o Papa, há três misérias que nunca faltaram no mundo: não ter nada - ou ter muito pouco - para viver com dignidade no meio dos outros; ter um coração e uma mente queimados por qualquer espécie de escravidão; ou ter as mãos até cheias de bens, mas a alma vazia, por não saber acreditar em nada, porque nada vale a pena. Há, por outro lado, o "antídoto": o Evangelho. Para o Papa, a Quaresma consiste essencialmente em tratar as misérias pondo em prática o Evangelho.
A mensagem do Papa gira em torno da pobreza cristã, como a explica S. Paulo : Jesus, "sendo rico, fez-se pobre para vós, para que vos tornásseis ricos com a sua pobreza". Isto, escreve o Papa, "não é um jogo de palavras", nem "uma expressão para impressionar", mas sim a demonstração do "estilo de Deus" e da sua "lógica". Deus revela-se ao mundo com a pobreza do seu Filho, "despojado" de poder e glória, porque a sua maneira de amar o homem é feita de "graça, generosidade e desejo de proximidade".
"Deus – prossegue a mensagem - não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do seu supérfluo com pietismo filantrópico". Deus, pelo contrário, é um Pai que, em Jesus, "não hesita em se doar e sacrificar pelas criaturas amadas". A caridade, o amor - insiste - "é partilhar em tudo o destino do amado". E este tipo de amor "torna semelhante, cria igualdade, derruba os muros e as distâncias". Portanto, explica o Papa, "esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e nos faz ricos" é "mesmo o seu modo de nos amar, de se fazer próximo de nós como o Bom Samaritano ". E para os cristãos, sempre, mas sobretudo na Quaresma , não existe estrada melhor que "a imitação do Mestre".
Do tipo de amor, o Papa Francisco passa aos objectivos. "Somos chamados - diz - a olhar para as misérias dos irmãos, tocá-las e carregá-las sobre nós trabalhando concretamente para as aliviar". A miséria, esclarece o Papa, "não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança". E depois distingue: a miséria "material" é a mais evidente pela qual uma pessoa não tem comida suficiente ou água, condições higiénicas, emprego, oportunidades de desenvolvimento e crescimento cultural. Perante isto, sublinha o Papa Francisco, "a Igreja oferece o seus serviço", em sentido amplo, ou seja, empenhando-se também para que "cessem as violações da dignidade humana, as discriminação e assédios que, em muitos casos, estão na origem da miséria". "É necessário - diz - que as consciências se convertam à justiça, a igualdade, a sobriedade e a partilha".
Fonte: arqrio.org

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Ano da Caridade: o que vamos fazer?

Não deixa de ser interessante perguntar o que vai ser feito no Ano Arquidiocesano da Caridade, pois a reposta não poderia ser mais simples: vamos praticar a caridade e motivar os outros a seguirem o mesmo caminho. Isso vale para cada pessoa, grupo e instituição. O importante é perceber: ninguém está isento de colocar em prática o mandamento do Senhor Jesus naquela parte que se refere a amar ao próximo.
O primeiro passo consiste em rezar e discernir. Em clima de oração e exame de consciência, cada pessoa deve se perguntar como tem sido sua prática do bem, da caridade, da ajuda ao próximo. Existem algumas pessoas que se limitam a dizer que não matam, não roubam nem falam mal de ninguém. Estas pessoas, além de pecarem pela vaidade e até mesmo pela mentira no caso de não falarem mal de ninguém, correm o forte risco de estarem pecando por omissão. Para Jesus, não basta não praticar o mal. É preciso praticar o bem. Se pudéssemos fazer uma comparação bem simples, não basta não cheirar mal. Temos que exalar um agradável perfume, no caso, o perfume do amor ao próximo.
Caridade pode ser, como estamos acostumados a conceber, ajuda imediata na hora do sofrimento agudo. O mais comum nestes casos é a ajuda diante da fome. Isso é muito bom. Isso é indispensável. A fome não tem idade, raça, religião, sexo nem qualquer outra condição. Fome é fome e precisa ser enfrentada com ajuda urgente. Acontece, porém, que nem sempre as pessoas têm apenas o que chamamos de fome material, isto é, ausência de alimentos. As pessoas têm outras necessidades que podem ser materiais, mas também afetivas, emocionais e espirituais.
Entre as necessidades materiais, encontram-se aquelas que mais imediatamente dizem respeito ao indispensável à vida de qualquer ser humano: alimentação, é claro, mas também vestes, moradia, trabalho, educação, entre outras. Entre as necessidades que chamamos de afetivas, encontra-se uma enorme urgência de nossos dias: as pessoas necessitam ser ouvidas, escutadas, acolhidas principalmente nos momentos de angústia. Encontra-se a ajuda às famílias em crises de relacionamento, com a ameaça de separação. Encontram-se as famílias que, por exemplo, desabam emocionalmente diante de uma gravidez inesperada e sofrem a tentação do aborto. Encontram-se as famílias atingidas pelo desemprego. Há, enfim, tantos modos de acolher, escutar e ajudar a discernir os caminhos. Neste sentido, é muito bonito o trabalho de diversos grupos que se destinam exatamente a colocar as pessoas em situação de escuta e conversa. Nestas reuniões, se as respostas não surgem de imediato, com certeza, o fato de ter podido abrir confiantemente o coração já é um grande começo.
As necessidades espirituais se referem ao encontro com Jesus Cristo e com a Igreja, comunidade dos discípulos de Jesus. Todo ser humano tem o direito de ouvir falar de Jesus Cristo. Todo ser humano tem o direito de ser apresentado à Igreja. Consequentemente, ajudar as pessoas a conhecerem Jesus Cristo é uma exigência a todo cristão. Além de exigência, anunciar Jesus é, sem dúvida, um gesto de caridade. É o olhar com preocupação para quem nunca ouviu falar de Jesus Cristo, para quem, já tendo ouvido falar de Jesus, acabou se esquecendo dele, para quem acaba caindo nas armadilhas de quem usa o nome de Jesus para finalidades que o próprio Jesus condena e condenará sempre. Por isso, anunciar Jesus é também um gesto de caridade.
Em tudo isso, as instituições também são convidadas a participarem ativamente do Ano Arquidiocesano da Caridade. Em primeiro lugar, são convocadas as instituições que costumamos chamar de obras sociais. Elas precisam intensificar mais suas atividades, unir-se, integrar-se, atualizar-se e se abrir ao diálogo com outras instâncias da sociedade, a fim de que todos possam experimentar a alegria da caridade. Estas instituições necessitam também ser ajudadas, através da presença amiga, fraterna e solidária, de modo que o contato com toda a comunidade cristã e a sociedade em geral saiba separar quais as instituições que, de fato, vivem a caridade e precisam ser fortalecidas e daquelas que, sob a capa da caridade, assumem outros objetivos, precisam ser ajudadas à conversão.
Além dos grupos e instituições diretamente ligados à caridade, todos os grupos e instituições são chamados a encontrarem modos de viver o amor ao próximo. Pode acontecer que um ou outro grupo fique com a impressão de que sua atividade nada tem a ver com a caridade. Este é o desafio que o Ano da Caridade nos apresenta: buscar caminhos para que a caridade seja praticada e fortalecida. Para isso, é necessário ser criativo, escutar a vida, sentir as necessidades.
Por fim, convém recordar que a caridade possui também uma dimensão social e mesmo política. Lembremo-nos de que, este ano, a Campanha da Fraternidade nos apresentará a triste e vergonhosa situação do tráfico humano. São pessoas trazidas de outros países e escravizadas para trabalhar em situações degradantes. São pessoas que vivem da exploração sexual. São ainda os comércios de crianças para adoção e de órgãos para transplantes. Trabalho, afeto, família e saúde são condições indispensáveis para qualquer ser humano. A vergonha, que traz à terra um pouco do inferno, consiste em fazer de seres humanos objetos para lucro pessoal. Estas situações desrespeitam o Deus de Amor, destroem vidas e nos questionam muito diretamente.
Caridade é, portanto, doação gratuita. É doar um sorriso, uma gentileza, uma atenção, respeito, alimento e roupas, engajamento nas obras sociais, participação no âmbito das políticas públicas em prol do bem comum, diálogo com quem pensa diferente. Esta lista, na verdade, não termina.
Em todos os gestos de caridade acontece a mesma situação. Ganham os que recebem e ganham os que doam, pois o amor se manifesta e o mundo fica diferente. A caridade que brota do coração de Jesus Cristo não se resume apenas a este ou àquele gesto concreto. Estes gestos são apenas o início de um processo que, nascendo no coração do Senhor Jesus, chega aos corações humanos e, quando aceitos, tornam-se atitudes que voltam ao céu sob a forma de amor partilhado.
O Ano da Caridade é uma opção pastoral da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Em princípio, destina-se aos católicos cariocas, mas, sendo a caridade um valor universal, este tempo, que vai de 20 de janeiro a 23 de novembro, é um convite a todos os corações que, independentemente de qualquer outra condição, acreditam no bem, na paz, na justiça e no amor. Na Bíblia, caridade e amor são a mesma palavra.

Monsenhor Joel Portella Amado

Coordenador Arquidiocesano de Pastoral
Fonte: arqrio.org

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Anúncio da Campanha da Fraternidade abre trabalhos na Arquidiocese

Agentes das pastorais sociais da Arquidiocese do Rio estiveram reunidos na manhã deste sábado, 1 de fevereiro, na Catedral, para um encontro de formação para o anúncio  da Campanha da Fraternidade de 2014, que tem como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”.
Além do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, falaram ao grupo o vigário episcopal para a Caridade Social, cônego Manuel de Oliveira Manangão, a coordenadora arquidiocesana da Campanha, Carmem Silvia.
“O objetivo foi preparar os animadores para atuarem nas paróquias, nos vicariatos, nas foranias e nas paróquias, principalmente durante a Quaresma, refletindo o tema da Campanha da Fraternidade. Esse anúncio arquidiocesano é o ponta pé inicial para começar a trabalhar nos encontros quaresmais e depois continuar, para que a Campanha produza frutos em todo esse Ano da Caridade”, explicou Carmem.
Ver, julgar e agir
A partir do método “Ver, Julgar e Agir”, primeiro foram apresentados dados e informações sobre a realidade do tráfico humano no Brasil. O histórico da Campanha também foi recordada aos presentes. Dom Orani e o cônego Manuel Manangão falaram sobre a parte do “julgar” essa realidade, para uma mudança na mentalidade a partir da profunda reflexão do tema.
“Precisamos perceber cada situação que faz com que a vida humana seja degradada nas suas múltiplas situações, seja na realidade da mulher, da criança, do jovem, do adolescente, o mundo do trabalho, o mundo da saúde, o mundo da educação, onde, no fundo, acaba por enfraquecer a beleza do ser humano. A Campanha da Fraternidade nos apresenta essas situações aonde, sem que a gente perceba, o ser humano está sendo explorado”, destacou o sacerdote.
Para Dom Orani o tema da Campanha está bem próximo da realidade da população carioca e “não é só coisa de novela”. O cardeal nomeado pelo Papa Francisco citou a primeira leitura da Liturgia do Dia (2Sm 12,1-7a.10-17), em que Davi, ao ouvir a descrição de si mesmo e de suas faltas, não consegue identificar-se como pecador.
“Quando o problema está ao nosso redor não conseguimos identificá-lo. Às vezes o problema acontece bem do nosso lado, e não vemos. É preciso olhar para dentro de si, e por isso é ótimo que façamos essa reflexão na Quaresma, que é tempo de mudança de mentalidade, de conversão”, afirmou o arcebispo.
O texto bíblico ainda diz que foi graças ao profeta Natã que seu erro foi percebido e, segundo Dom Orani, ai está mais uma mensagem para viver bem a Campanha da Fraternidade. “Este não é um tema da Igreja Católica, mas nacional, que diz respeito a todos. E a Igreja deve assumir essa postura de profecia. Mais do que só falar sobre o assunto, devemos olhar ao nosso redor para denunciar e identificar as realidades que devem ser mudadas”.
Outra contribuição no aspecto “julgar” foi dada pela irmã Veronique, da Comunidade Missionárias da Vida, que emocionou os agentes de pastoral com a partilha de sua experiência no acompanhamento de mulheres que se prostituem na Vila Mimosa, Zona Norte do Rio.
“A presença de testemunhos como esse ajudam a quebrar as barreiras e preconceitos que podemos ter ao encontrar pessoas que vivam em situações de precariedade e fragilidade sociais, as que mais sofrem assédio para o tráfico humano”, explicou a coordenadora da Campanha.
O próximo passo da equipe arquidiocesana da Campanha da Fraternidade será no estímulo na criação de grupos de reflexão e a presença de palestras nos vicariatos e paróquias. “Agora nosso trabalho é na disseminação das informações sobre a Campanha e o tema para que todos possam viver intensamente o que nos é proposto como Igreja”, finalizou Carmem.
Fonte: arqrio.org