quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Igreja celebra em Finados a esperança da Ressurreição


Acendendo a chama da esperança de vida eterna nos corações de luto, no Dia de Finados, 2 de novembro, em toda a Arquidiocese do Rio serão celebradas missas na intenção dos fiéis defuntos.
Nos cemitérios da cidade, agentes pastorais de diversas paróquias e novas comunidades participarão de um dia de evangelização. Em muitos deles serão celebradas missas de hora em hora, presididas por sacerdotes e por bispos.
Os evangelizadores serão divididos em duplas e ficarão nas portas dos cemitérios abordando e distribuindo santinhos e cartões com mensagens para os visitantes. Também estarão disponíveis para ouvir e dar uma palavra de esperança a todos os que dela necessitarem.
Anunciando a Ressurreição
Mas a assistência às pessoas que perderam seus entes queridos não é feita somente no Dia de Finados. Diariamente ela é realizada nos cemitérios da cidade do Rio de Janeiro pelo Ministério da Consolação e Esperança.
O trabalho deste ministério teve início na Arquidiocese do Rio de Janeiro em 1984, com a ação de leigos nos cemitérios São João Batista e Inhaúma. Em 1988, a ação foi estendida ao plano diocesano, passando a abranger, então, todos os cemitérios da cidade. Mas foi em 1999 que o então arcebispo metropolitano, Cardeal Dom Eugenio Sales, investiu os primeiros ministros da Pastoral da Esperança. Já em 2002, sob o governo arquidiocesano de Dom Eusébio Scheid, o nome da pastoral foi mudado para Ministério da Consolação e Esperança.
A atual coordenadora diocesana do ministério, Marilda Roriz Reis, afirma que há dificuldade para atender os 19 cemitérios existentes no território da Arquidiocese do Rio, porque atualmente só existem 900 agentes em exercício. Para formar seus ministros e favorecer o ingresso de novos integrantes, o ministério realiza todos os anos, nos sábados do mês de maio, um curso litúrgico.
“Somos poucos diante da necessidade de nossa arquidiocese, e às vezes alguns cemitérios ficam sem assistência. Convocamos pessoas que sejam engajadas e que assumam a responsabilidade da Igreja Católica de ir aos cemitérios para levar uma palavra de conforto às pessoas que dela estão precisando, especialmente no Dia de Finados”, frisou.
Fonte: arqrio.org

sábado, 26 de outubro de 2013

Quebra-quebra

Muitos se perguntam diante do fenômeno da juventude encapuzada Black Bloc: até quando? Cresce em ritmo e número, truculência e provocação. Faz barulho e estrago. Dá prejuízo ao público e ao privado. Atrapalha a população. Prende-a na condução. Atrasa a chegada. Dificulta a volta. Haja incômodos somados aos das manifestações e passeatas.
Considera-se anarquista. Porém, anarquia é só a ausência de coerção ou recusa de sujeição. Daí, o anarquismo aplicar-se aos movimentos de libertação social ao longo da história. Curiosamente, até Deus um dia foi chamado de anárquico, pelos teólogos medievais. Não porque a fé apoiasse ou inspirasse movimentos libertários, conforme o interesse e a manipulação dos crentes, mas porque Deus não tem necessidade de princípio exterior para ser, existir e agir. É Ele seu próprio princípio. Absolutamente autônomo. Quanto a nós, mesmo livres e sem coerções, somos sujeitos a várias influências externas, aceitas consciente ou assimiladas inconscientemente. Nossa autonomia é relativa. Nossa liberdade é situada.
Não merece a distinção de anarquista quem se conduz pelo ideal punk de só visar à rebeldia descompromissada e irresponsável, sem mesmo considerar de onde ela provém. De assumi-la sem capuz ou máscara. Carece de fim construtivo depois da desconstrução. É apenas violência pela violência. Gratuita, sem causa e sem fim.
A violência pode ser ato de insatisfação pessoal, coletiva, espontânea e passageira. É o caso de trabalhadores que se sentem agredidos e desrespeitados no direito de ir e vir, quando o transporte falta, enguiça, atrasa. Respondem com a depredação. A paixão selvagem é impensada e momentânea. Quase instintiva. Também faz estragos. Não resolve, apenas onera os cofres públicos. Mas quem depreda paga pelo que faz, indiretamente, como contribuinte. Ao contrário, a passionalidade do baderneiro é pensada e está sujeita a lideranças externas de chefia, ainda que ocultadas. É mais blogueira que roqueira. Daí, a programação calculada: dia, local e hora, previamente agendados, em sintonia com as concentrações de outros grupos que têm motivos claros para protestar e reivindicar.
 Os encapuzados se assemelham aos antigos vândalos somente no sentido que destroem os bens alheios, até de valor cultural e histórico. Impactam quando insultam as instituições e desafiam os policiais. Se não têm respeito nem medo da polícia, quem os poderá deter?
A violência é fruto da agressividade humana, sabemos. Esta pode ser direcionada para o bem, através da educação integral, da luta por causas humanitárias e da religião do amor. É célebre o zelo da ira santa do Mestre. Usou o chicote contra os vendilhões do templo. Pode, ao contrário, a agressividade natural alimentar as ações mais destrutivas. Por isso, é preciso impor-lhe limites legais para que não se transforme em violência até a banalização do mal. O Direito, a Ética e a Moral existem. Regulam as relações sociais a fim de que não se desvirtuem. Por isso, em tempos de crise, as instituições são solicitadas e cobradas para que funcionem. Os que têm poder decisório são chamados a investigar, capturar, julgar, aplicar as leis e impor sanções. Outros profissionais também cooperam em suas especialidades e atribuições.
O estado democrático de direito é a fonte institucional para limitar a violência de quem se disfarça ou, melhor, se esconde em quaisquer tipos de capuzes e de mascaramentos.
Autor: Dom Edson de Castro Homem - Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Fonte: arqrio.org

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A grande missão da Igreja


Para celebrar o Dia Mundial das Missões, aconteceu a 1ª Manhã de Animação Missionária, neste sábado, 19 de outubro, na Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro. O arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, presidiu a Santa Missa que foi concelebrada pelo bispo auxiliar Dom Paulo Cesar Costa e pelos vigários episcopais e sacerdotes presentes.
A Sagrada Eucaristia, que reuniu missionários religiosos e leigos de idades diversas, foi transmitida pela RedeVida, com sinais para a WebTV Redentor, Rádio Catedral FM 106,7 e Rádio Canção Nova RJ.
Na homilia, o arcebispo afirmou que a grande missão da Igreja é anunciar Jesus Cristo Senhor a todas as nações. Ele destacou que é necessário obediência para proclamar essa Boa Notícia, seguindo a ordem: “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1,7), que é o tema deste ano do Dia Mundial das Missões, celebrado neste domingo, dia 20. 
“Todos somos convidados, enquanto responsáveis pela divulgação de uma notícia importante. É preciso responder a esse chamado com o nosso sim. A dimensão missionária é essencial para a Igreja, não tem como ser cristão católico e não ser missionário”, disse Dom Orani.
 
“Dimensão missionária deve ser como o sangue que corre em nossas veias”
O arcebispo destacou que por onde o cristão andar deve levar a mensagem de Cristo para testemunhar a fé. “A dimensão missionária não deve ser como uma roupa que podemos tirar a qualquer momento, mas sim como o sangue que corre em nossas veias. Essa atitude é conseqüência do encontro com Jesus Cristo, de quem continua próximo de Jesus. Por tudo o que vimos e sentimos com a presença do Senhor em nossas vidas e por saber que Ele está conosco até o final dos tempos”, ressaltou.
 Dom Orani afirmou que a maturidade da Igreja faz brotar missionários.
“Nem sempre é fácil, mas esse é o nosso caminho, não devemos nos intimidar, mas continuar firmes testemunhando Jesus Cristo. Somos chamados a estar atentos a todas as necessidades da Igreja. Jesus leva o mundo a ser novo, não podemos deixar de dizer em quem acreditamos, vivendo de forma missionária, em todos os lugares, cada instante de nossa vida. Neste mês missionário, que nossos corações sejam incendiados para continuar proclamando a Boa Nova”, finalizou.
Após a Sagrada Eucaristia, aconteceram palestras, partilhas e testemunhos que refletiram sobre o valor das ações missionárias. A 1ª Manhã de Animação Missionária contou com as presenças do coordenador da Comissão Missionária Diocesana (Comidi), padre Ludendorff Cohen Couto (Licinho), e dos padres Francisco Dinelly, vigário geral da Diocese de Parintins (AM), Geraldo Dondici, da Arquidiocese de Juiz de Fora (MG). O encontro, que foi animado pela Comunidade do Caos à Glória, abriu o Congresso Missionário.

Fonte: arqrio.org

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Catecismo da Igreja Católica


Como parte da celebração do Ano da Fé, o Papa Bento XVI indicou como instrumento próprio de estudo e meditação o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Junto com este, ainda temos o Compêndio do Catecismo e o YouCat. Vamos nos dedicar a compreender um pouco da história, da motivação e da importância destes três documentos para nós. 
Catecismo da Igreja Católica
Em 1985, ocorreu uma assembleia extraordinária dos bispos para celebrar os vinte anos de conclusão do Concílio Vaticano II e para refletir sobre a adesão da Igreja às resoluções conciliares. Dentro deste contexto, os bispos solicitaram a redação de um catecismo, ou um compêndio de toda a doutrina de fé e moral católica, para auxiliar os cristãos no conhecimento dessa doutrina. O próprio Papa Bento XVI, na introdução do YouCat, afirma que a razão para a elaboração do Catecismo da Igreja Católica (CIC) foi a necessidade de confirmação do conteúdo da fé e da moral católica diante das dificuldades geradas na época pós-conciliar. Os cristãos precisavam ter um instrumento seguro sobre as posições da Igreja. O CIC assume este papel de nortear e confirmar a fé dos cristãos.

O Catecismo pretende ser uma “exposição completa e integral da doutrina católica, de tal maneira que cada pessoa possa conhecer o que a Igreja professa e celebra, vive e reza em seu cotidiano”. Além de “nova e autorizada exposição da única e perene fé apostólica, que será um ‘válido e legítimo instrumento para a comunhão eclesial’ e ‘ uma norma segura para o ensino da fé’, assim como um texto de referência seguro e autêntico” (cf. carta apostólica Laetamur Magnopere).
Este catecismo apresenta três orientações, a partir das solicitações feitas pelos padres sinodais em 1985, a saber: ele deve apresentar a doutrina mostrando sua relação com a Sagrada Escritura; relacioná-la com as celebrações litúrgicas; e oferecer os ensinamentos adaptados à atual vida dos cristãos.

O Catecismo foi elaborado durante seis anos. O Papa João Paulo II criou uma comissão, presidida pelo nosso atual Pontífice emérito Joseph Ratzinger, para preparar um projeto. Esta comissão coordenou o trabalho feito, colocando todo o material produzido em um único texto. Os bispos do mundo inteiro, representando suas dioceses, redigiram textos para compor os temas propostos na estrutura do Catecismo.
O CIC se divide em quatro partes: a exposição do conteúdo da fé cristã; a celebração e comunicação do mistério cristão na Liturgia; a ação do homem e da sociedade iluminados pela vida nova trazida por Cristo; e a oração cristã, tendo o Pai-Nosso como caminho da relação entre o homem e Deus.

Assim, no dia 11 de outubro de 1992, comemorando trinta anos de abertura do Concílio Vaticano II, o Papa João Paulo II apresenta o texto do CIC e o destina a todos os fiéis que desejam confirmar e aprofundar a sua fé e, ainda, a todos os homens de bem que desejem conhecer a doutrina católica.

Compêndio do Catecismo
Para comemorar os 20 anos do início da elaboração do Catecismo da Igreja Católica, em 2005, o Papa Bento XVI lançou, no dia 28 de junho do mesmo ano, o Compêndio do Catecismo. Sua elaboração se deve ao pedido feito pelos participantes do Congresso Catequético Internacional, realizado em outubro de 2002. No tempo, o Papa João Paulo II acolheu a solicitação e decidiu criar uma comissão para realizar tal tarefa. Em fevereiro de 2003, foi criada essa comissão, presidida pelo então Cardeal Joseph Ratzinger.

O Compêndio do Catecismo é “uma síntese fiel e segura do Catecismo da Igreja Católica. Ele contém, de forma concisa, todos os elementos essenciais e fundamentais da fé da Igreja” (cf. Motu proprio para a aprovação e publicação do Compêndio). Ele apresenta uma estrutura em conformidade com as quatro partes do CIC, mas seu texto é elaborado a partir de perguntas e respostas.

YouCat
O YouCat é um catecismo elaborado em consonância com o CIC, destinado aos jovens do mundo todo. Seu nome advém da abreviação de Youth Cathecism, expressão inglesa que significa “catecismo da juventude”. Ele é fruto das experiências das Jornadas Mundiais da Juventude, em que os participantes apresentavam um interesse em conhecer sua fé e dar razões a ela.

O arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, orientou a elaboração do texto do YouCat. Ele se encontra estruturado de acordo com as quatro partes do CIC e, como o Compêndio, está elaborado em perguntas e respostas. Ademais, o texto conta com ricas citações bíblicas sobre os temas tratados, definições de termos e conceitos, além de testemunhos dos Santos e de outros autores cristãos.

O Papa Bento XVI escreveu uma introdução a este livro. De lá podemos tirar um trecho que mostra o pedido que ele faz aos jovens: “Por isso, peço-vos: estudai o catecismo com paixão e perseverança! Sacrificai o vosso tempo para isso! Estudai-o no silêncio do vosso quarto; lede-o em duplas, se sois amigos; formai grupos e redes de estudo; trocai ideias pela Internet. Permanecei, de todos os modos, em diálogo sobre a vossa fé!”.
Fonte: arqrio.org

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cristãos sem Jesus se tornam discípulos de ideologias, adverte Francisco


Se um cristão “se torna discípulo da ideologia, perde a fé”. Foi o que destacou o Papa Francisco na Missa matutina na Casa Santa Marta.
“Ai de vós, legistas, porque tomastes a chave da ciência”: o Papa Francisco desenvolveu sua homilia a partir da advertência de Jesus contida no Evangelho de hoje, atualizando-a.
“Quando caminhamos pelas ruas e encontramos uma igreja fechada, sentimos algo estranho”, disse o Papa, porque “não dá para entender uma igreja fechada”.
Hoje, Jesus fala desta imagem do fechamento, que é a imagem desses cristãos que têm em mãos a chave, mas a levam embora, não abrem a porta. Ou pior, ficam parados na porta, impedindo a própria entrada e a entrada dos outros. A falta de testemunho cristão faz isso, e quando este cristão é um padre, um bispo ou um Papa, é ainda pior. O que acontece, se questiona Francisco, quando um cristão adota esta atitude da chave no bolso e porta fechada?
A fé passa, por assim dizer, por um alambique e se torna ideologia. E a ideologia não convoca. Nas ideologias, Jesus não existe, não existe sua ternura, seu amor e sua mansidão. As ideologias são rígidas, sempre. E quando um cristão se torna discípulo da ideologia, ele perde a fé: não é mais discípulo de Jesus, é discípulo deste modo de pensar... E por isso Jesus diz: ‘vocês levaram embora a chave da ciência’. O conhecimento Dele se transformou num conhecimento ideológico e também moralista, porque eles fechavam a porta com muitas prescrições.
A ideologia, disse ainda o Papa, afasta as pessoas e afasta a Igreja das pessoas. “É uma doença grave a dos cristãos ideológicos. É uma doença, mas não é nova… Já o Apóstolo João, na sua primeira carta, falava disso, dos cristãos que perdem a fé e preferem as ideologias. E tornam-se rígidos, moralistas e sem bondade.”
Quando isso acontece, explicou o Pontífice, a oração desaparece do coração desse cristão. E se não há oração, a porta está sempre fechada. A chave que abre a porta da fé é a oração:
Quando um cristão não reza, acontece isso. E o seu testemunho é soberbo. Quem não reza é orgulhoso, é seguro de si, busca a própria promoção. Ao invés, quando um cristão reza, não se afasta da fé, fala com Jesus. Todavia, não se trata de recitar orações, como faziam os legistas, mas falar com Deus de coração a coração.
“Uma coisa é rezar, outra coisa é recitar orações”, advertiu Francisco, que concluiu:
Peçamos ao Senhor a graça, primeiro de não deixar de rezar, para não perder a fé; permanecer humildes, e assim não estaremos fechados, não fecharemos a estrada ao Senhor.
Fonte: arqrio.org

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Campanha da JMJ arrecada doações


A Jornada Mundial da Juventude Rio2013 lança campanha de arrecadação de doações para quitar os últimos investimentos. Com início de veiculação neste sábado, 12 de outubro, o primeiro filme é estrelado pelo padre Fábio de Melo e tem como trilha sonora a música "A Montanha" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. A campanha conta com a participação de vários artistas. Todos eles, gentilmente, cederem o direto de imagem e autoral.
As doações podem ser feitas pelo site www.doarjmj.com.br ou na conta corrente 20130-5, agência 0204, Itaú.
A Jornada Mundial da Juventude aconteceu de 23 a 28 de julho de 2013 no Rio de Janeiro, reunindo cerca de 6 milhões de pessoas. O arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, em seu artigo semanal, publicado um mês após a JMJ, falou sobre os desafios que a Arquidiocese enfrentou para a realização desse grande evento de fé: "Nessa Jornada tivemos muitas mudanças desde o inicio: um ano a menos de preparação; a cruz da juventude e o ícone de Nossa Senhora já terem sido entregues ao final da Jornada de Madri; as trocas de locais (Base Aérea de Santa Cruz e Guaratiba); o empobrecimento de algumas regiões do mundo, que fez diminuir a presença de jovens dessas nações; as questões de atentados pelo mundo, que aumentaram a preocupação com a segurança; as catástrofes em locais fechados em nosso país, que levaram ao fechamento de tantos locais destinados a atos culturais; as várias manifestações contrárias à religião e à igreja nas várias mídias e a ameaça delas durante a Jornada e, também, a pouca tradição de jornadas em nosso continente latino americano – a única até então, tinha acontecido em Buenos Aires, na Argentina, há 26 anos e tantas outras situações novas".
Mas nenhuma dessas dificuldades impediram a grande manifestação da graça de Deus vividas pelos peregrinos e por toda a cidade do Rio durante os dias da JMJ. "Essa JMJ, foi, sem dúvida, uma ação de Deus na vida de todos nós! A Jornada foi um evento importante para nossas vidas e nosso país. Aqui nessa cidade vimos a mão de Deus agir. Agora, precisamos continuar nesse mesmo caminho, buscando concretizar tantos sonhos e tantos desejos expressos naqueles dias. Cabe a cada um de nós, a nossas paróquias e nossas pastorais, darem os passos dentro daquilo que o Senhor nos concedeu, por inteira liberalidade e misericórdia", ressaltou Dom Orani.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Hoje é dia de Santa Teresa D'Ávila


A Igreja celebra hoje Santa Teresa D'Ávila. Na Arquidiocese do Rio, o arcebispo Dom Orani João Tempesta celebra missa, às 19h, na Paróquia dedicada a santa, na Rua Áurea, 71, no bairro de Santa Teresa.

Teresa nasce em Ávila
 (Espanha), em 28/03/1515, em plena reforma protestante, período de fermentação política, social, religiosa. Isso acaba tendo grande repercussão nela.
Mulher de personalidade notável, expressiva, cheia de vida; Santa Teresa quando moça, era extremamente bonita. Com irresistível prazer de viver, era apaixonada por Cristo. Sabia cozinhar muito bem e “encontrar Deus entre as panelas”, tinha grandes habilidades e um bom senso de humor. Uma mulher de vontade forte, alegre, inesquecível. Vamos ver que Deus usa as suas características, seu temperamento e personalidade como o estofo em que vai nascer uma grande santa.
Teresa era mulher muito humana, que desmistificou a mística, mesclando humanidade e espiritualidade.
Santa Teresa D’Ávila teve uma infância encantada pelas histórias dos santos, o que lhe trazia ardor ao coração em “Querer ver Deus”.
Quando Santa Teresa entra na adolescência, descobre o fascínio natural de seu ser. Envaideceu-se, desejando cada vez mais parecer bela. Era cheia de vaidades. Cuidava muito dos cabelos, das mãos, que eram belas, gostava de perfumes e belas roupas. Tinha apreço pela cor laranja. 
Mas, no difícil período da adolescência, teve a companhia de uma prima que a afastou da fé. Teresa ansiava por ser amada apaixonadamente, como as damas dos romances de cavalaria. Aos 16 anos, após ter perdido sua mãe aos 13 anos, o pai a colocou no mosteiro para resguardar sua honra. Ela resistia muito à ideia de ser freira.
Santa Teresa D’Ávila entrou para o Carmelo e, de 1535 a 1554, e viveu, como ela mesma definiu em seus escritos, uma vida medíocre. Dos 20 aos 39 anos, foi monja medíocre. Na verdade, Santa Teresa não entrou no convento por uma convicção, mas por medo do inferno e para garantir a felicidade celeste. Entrar para o convento foi uma fuga espiritual. Mas, após a cura de uma doença, em 1556, experimentou o matrimônio espiritual, através do fenômeno místico da “transveberação”. Santa Teresa teve uma visão de um anjo transpassando seu coração com uma lança. A teologia espiritual vê nesse fenômeno o mais alto grau de união mística que o ser humano pode alcançar. Em Alba de Tormes, em Salamanca, uma de suas fundações, estão partes de seu corpo. Lá podemos ver seu coração em um relicário e nele uma fenda que o transpassa: a transveberação deixou também a sua marca física no coração da santa.
Em 1567, Teresa conhece Frei João da Cruz, seu grande companheiro nas fundações. Ele vivia uma crise vocacional, desejando sair do Carmelo em busca de uma vida mais radical. Mas ela o convence a viver essa radicalidade no Carmelo mesmo. Assim, a reforma se inicia no ramo masculino também.
Santa Teresa e São João da Cruz sofreram perseguições por causa da reforma. Chegaram a ser acusados perante a Santa Inquisição.
Teresa morre no dia 4 de outubro de 1582, provavelmente de câncer no útero. Sua última palavra foi: “Morro filha da Igreja”.
Santa Teresa D’Ávila foi beatificada em 1614; canonizada em 1622 e proclamada Doutora da Igreja em 1970. São palavras de Paulo VI, na proclamação de seu doutoramento como mater spiritualium: é “uma mulher excepcional, como uma religiosa que, coberta inteiramente pelo véu da humildade, da penitência e da simplicidade, irradia a sua volta a chama da sua vitalidade humana e do seu dinamismo espiritual, incomparável na contemplação e infatigável na ação. Como é grande, como é única, como é humana e como é atraente essa figura!”
Santa Teresa D’Ávila deixou muitos escritos. Suas grandes obras são: Livro da vida, Caminho de Perfeição, Moradas ou Castelo Interior, Fundações e Cartas e Poesias.
Algumas de suas frases marcantes foram:
Fixe o olhar no Crucificado e tudo será insignificante.
O demônio tem medo de almas determinadas.
O soldado não tem como voltar para casa na guerra – ou ganha à batalha ou morre.

domingo, 13 de outubro de 2013

Legado cultural da JMJ - Termina hoje

Um dos legados deixados pela Jornada Mundial da Juventude Rio2013 para o Rio de Janeiro foi a valorização da arte. Dentre as exposições que passaram pela cidade, “A Herança do Sagrado”, reuniu cerca de 80 mil visitantes. A mostra, está aberta para visitação desde 9 de julho, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Centro, e é composta por 105 obras primas do Vaticano e de museus italianos. Domingo, dia 13 de outubro, é o último dia em que o público poderá ver as peças.
A realização da exposição é uma parceria entre o Ministério da Cultura, o Instituto Brasileiro de Museus, o Museu de Belas Artes, a Arquidiocese do Rio de Janeiro e Pontifício Conselho para os Leigos.
Segundo a diretora do museu, Mônica Xexéo, a exposição, que reuniu renomados artistas, despertou a atenção de um público heterogêneo, variando entre crianças, jovens e adultos. E ainda afirmou: “é importante que os jovens sejam apresentados ao belo, à religiosidade e à história da arte”.
“Durante muitos anos essa mostra cultural será lembrada como uma das maiores exposições de artes, em especial as sacras. ‘A Herança do Sagrado’ atraiu não só religiosos, mas também pessoas que reconhecem e valorizam a importância da história da arte para a humanidade”, disse.
A partir da próxima semana, as peças não estarão mais sob a tutela do MNBA, todas as obras serão encaminhadas para seus lugares de origem.
Para Mônica Xexéo, o contato com as obras que compõem a exposição é uma oportunidade de prestigiar pessoas de que não dispõem de recursos financeiros para viajar às cidades italianas onde estão expostas as peças.
Uma iniciativa de João Paulo II
Em visita à exposição, o presidente da Fundação João Paulo II para Juventude, Marcello Bedeschi, contou que a ideia de promover eventos culturais durante a realização das Jornadas Mundiais da Juventude partiu do Papa João Paulo II. Sua maior intenção era “atrair os jovens, levando-os para Deus através da arte”.
“No ano de 1993, a Jornada Mundial da Juventude foi realizada em Denver, nos Estados Unidos. A região contava com uma pequena parcela de católicos, apenas 25% da população. Foi então, que o Papa João Paulo II quis oferecer algo de belo para a cidade, e nos solicitou para que organizássemos uma exposição com obras do Museu do Vaticano. A exposição foi um sucesso, reunindo um grande número pessoas, católicos e pessoas de outros credos, além de políticos. Recebemos muito apoio. Desde então, em todas JMJ promovemos uma ação cultural”, contou.
A exposição estará aberta para visitação até domingo, das 9h às 21h. O endereço do museu é Avenida Rio Branco, 199, no Centro.
Fonte: arqrio.org

Fotos: Gustavo de Oliveira

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

"A Igreja não é um grupo de elite, mas a casa de toda a humanidade"

Milhares de fiéis e peregrinos, mais de 80 mil, lotaram a Praça S. Pedro desde as primeiras horas da manhã para participar da Audiência Geral com o Papa Francisco – a 20ª de seu pontificado.
Antes das 10h, o Pontífice já estava na Praça, com o seu jipe, para receber e retribuir o carinho dos fiéis, apesar da chuva que caiu naquele momento. De fato, ao tomar a palavra, o Papa parabenizou a “coragem” dos presentes frente a este mau tempo. Na catequese sobre o Credo neste Ano da Fé, o Papa discorreu sobre uma das características da Igreja, a catolicidade.
Confessamos que é católica, primeiro porque a todos oferece a fé por completo. A Igreja nos faz encontrar a misericórdia de Deus, que nos transforma. Nela está presente Jesus Cristo, que lhe dá a verdadeira confissão de fé, a plenitude da vida sacramental, a autenticidade do ministério ordenado. Na Igreja, como acontece numa família, encontramos tudo o que nos permite crescer, amadurecer e viver como cristãos. Não se pode caminhar e crescer sozinhos, mas sim em comunidade.
Ir à Igreja, disse o Santo Padre, não é como ir ao estádio para ver um jogo de futebol ou ir ao cinema. É preciso nos interrogar sobre como acolhemos os dons que a Igreja oferece: “Participo da vida da comunidade ou me fecho nos meus problemas, isolando-me? Nesse sentido a Igreja é católica porque é a casa de todos. Todos são filhos da Igreja.
Em segundo lugar, a Igreja é católica, porque é universal, espalhada em todas as partes do mundo.
A Igreja não é um grupo de elite, não diz respeito somente a algumas pessoas, a Igreja não faz restrições. Ela é enviada à totalidade do gênero humano e está presente em todo o lado mesmo na menor das paróquias, porque também ela é parte da Igreja universal, tem a plenitude dos dons de Cristo, vive em comunhão com o Bispo, com o Papa e está aberta a todos sem distinção. A igreja não está somente na sombra do nosso campanário, mas abraça uma vastidão de pessoas, de povos que professam a mesma fé. Todos estamos em missão, temos que abrir as nossas portas e sair para anunciar o Evangelho.
Por fim, a Igreja é católica, porque é a casa da harmonia. Nela, se conjugam numa grande riqueza unidade e diversidade; como numa orquestra, onde a variedade dos instrumentos não se contrapõe, assim na Igreja, há uma variedade que se deixa harmoniosamente fundir na unidade pelo Espírito Santo.
Esta é uma bela imagem. Não somos todos iguais e não devemos sê-lo. Todos somos diferentes, cada um com as próprias qualidades. E esta é a beleza da Igreja. Cada um contribui com aquilo que Jesus deu para enriquecer um ao outro. É uma diversidade que não entra em conflito, não se contrapõe. Onde há intriga, não há harmonia. É luta. Jamais devemos falar mal uns dos outros. Aceitemos o outro, aceitemos que exista uma justa variedade. A uniformidade mata a vida, os dons do Espírito Santo. Peçamos a ele que nos torne sempre mais católicos, ou seja, universais.
Ao cumprimentar os peregrinos de língua portuguesa, o Pontífice saudou de modo especial os fiéis de duas paróquias do Rio de Janeiro e de São José dos Campos e os religiosos brasileiros em Roma.
A seguir, recordou que após a visita, um ano atrás, de Bento XVI ao Líbano, a língua árabe foi inserida na Audiência Geral, para expressar a todos os cristãos do Oriente Médio a proximidade da Igreja. E pediu, novamente, que rezemos pela paz no Oriente Médio: na Síria, no Iraque, no Egito, no Líbano e na Terra Santa, “onde nasceu o Príncipe da Paz, Jesus Cristo”.
Dirigindo-se aos bispos da Conferência Episcopal regional do norte da África, Francisco os encorajou a "consolidarem as relações fraternas com os irmãos muçulmanos".
Ao saudar os Bispos da Igreja de tradição alexandrina da Etiópia e Eritreia, o Pontífice mais uma vez expressou sua solidariedade na oração e na dor pelos muitos filhos dessas terras que perderam a vida na tragédia de Lampedusa.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"Juventude e Missão" é tema do DNJ 2013


O Dia Nacional da Juventude (DNJ) será celebrado na Arquidiocese do Rio no dia 3 de novembro, domingo, na Catedral de São Sebastião. A concentração será às 9h. O tema  deste ano é "Juventude e Missão" e o lema: "Jovem levante-se, seja fermento".
Segundo Juliana Fernandes,coordenadora arquidiocesana da Pastoral da Juventude, haverá testemunhos, adoração, pregação com o Diogo Rocha, da Comunidade Shalom, shows de Olívia Ferreira, Coro Carioca e Bruno Camurati Frutos de Mejugorje, e apresentação teatral a cargo do Circo da Comunidade Aliança da Misericórdia. A missa será presidida pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, às 10h. Haverá, ainda, uma feira missionária.
O DNJ deste ano é uma oportunidade para fortalecer os processos de acompanhamento dos jovens e não deixar as coisas desanimarem com o encerramento da Jornada Mundial da Juventude, desafiando toda a Igreja Jovem do Brasil a assumir o compromisso missionário celebrado na JMJ.

História do DNJ
No ano de 1985, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheu o quarto domingo do mês de outubro para celebrar o Dia Nacional da Juventude. As pastorais da juventude eram as únicas expressões de juventude organizadas nacionalmente. Dessa forma, a CNBB confiou-lhes o protagonismo dessa celebração.
Nas últimas décadas cresceu visivelmente o número e pluralidade de grupos, movimentos e novas comunidades que organizam-se nacionalmente em prol da evangelização dos jovens. Assim, a partir do ano de 2011, com a criação de uma Coordenação Nacional de Jovens, o DNJ passa a ser organizado por elas.
Fonte: arqrio.org