quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pais e Mestres: “vocês mentiram”!

Dom Antonio Augusto Dias Duarte
Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Só depois que estudei nos bons colégios de São Paulo e numa das melhores faculdades de Medicina do Brasil, a Universidade de São Paulo, é que percebi uma realidade na vida. Só depois que aprofundei na Teologia Católica, doutorando-me com uma tese que me custou sangue, e só depois de 34 anos de sacerdócio, dos quais os 7 últimos como Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, é que confirmei essa minha percepção. Descobri que os meus pais e os meus mestres “mentiram” para mim.

Os meus pais “mentiram” quando eles me ensinaram, e eu vi com meus próprios olhos, que o casamento é fundamentado no amor indissolúvel e fecundo entre um homem e uma mulher.

Os meus pais “mentiram” mostrando-me, com suas vidas sacrificadas e heróicas, que a honestidade e o trabalho andam de mãos dadas e que o estudo e a profissão não são só para ganhar dinheiro, mas para nos sustentar e colaborar com os mais pobres e necessitados.

Os meus pais “mentiram” dizendo que os filhos são uma dádiva de Deus e que eles vêm do amor entre eles e que ser mãe e ser pai é uma enorme alegria, mesmo quando nós fomos concebidos e os surpreendemos fora dos seus planejamentos.

Os meus pais “mentiram” ensinando a mim e aos meus irmãos que a Igreja Católica é uma Mãe melhor que eles e que segui-la, na doutrina e na moral, só nos faria pessoas mais livres e felizes.

Os meus pais “mentiram” afirmando que o Papa, os Bispos e os Padres são, certamente, pessoas felizes, pois trazem para o mundo, com os sacramentos e com a Palavra, o que o mundo não é capaz de dar, o Emanuel, o Deus-conosco.

Os meus pais “mentiram” quando me matricularam em colégios onde o ensino religiosos neles administrado demonstrava ser um grande benefício para o meu futuro e que deveria estudar religião com o mesmo empenho que as outras disciplinas.

Os meus pais “mentiram” exortando-me para a cidadania, para a obediência às leis e para o respeito aos nossos governantes e que até rezasse por eles.

E os meus mestres, “mentiram” para mim? Foram outros grandes “mentirosos”!

Desde o primário até o ginásio ensinaram-me Educação Moral e Cívica, matéria que ocupava o tempo que poderia estar jogando futebol, e nessa matéria, diziam-me que nos Três Poderes — o Executivo, o Legislativo e o Judiciário — tinham pessoas íntegras e competentes e que elas eram a favor do povo, da família, da vida, do casamento, da saúde, etc., e, sobretudo, do bem da nação brasileira.

Na faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo os meus professores “mentiram” com a maior “cara de pau”. Começando pelos professores de Anatomia, pois eles “mentiram” quando exigiam respeito aos ossos dos cadáveres e aos corpos dos indigentes, que eram dissecados para o aprendizado do corpo humano.

“Mentiram descaradamente” ao proferirem, nos anfiteatros da Faculdade ou junto aos leitos hospitalares, que a finalidade dos médicos é salvar vidas e que quando chegasse o momento que não conseguíssemos mais esse objetivo deveríamos aliviar os sofrimentos dos nossos pacientes e não criar outros.

No Curso de Ética Médica, o mestre especialista dessa matéria “mentiu impunemente”, pois disse, dentro do seu avental branco e impoluto , que o juramento médico – o de Hipócrates – não era um fingimento, mas um compromisso em favor da dignidade da nossa profissão e do valor inegociável da vida humana.

E quantos médicos e residentes, meus professores durante a prática médica em enfermarias e no Pronto-socorro do Hospital das Clínicas, “mentiram” sem que lhes crescessem os narizes, porque me disseram que não deveria, jamais e sob nenhuma hipótese, ser colaborador de pessoas e de organismos públicos e privados que só têm interesses econômicos, políticos e ideológicos e só querem que os médicos façam aborto, eutanásia, castração das mulheres, etc... Mentiram quando garantiram que ser médico é ser a favor da dignidade da pessoa e da vida sempre!

Durante os anos de formação para o sacerdócio e na vida pastoral, e agora episcopal, também houve “mentiras”. “Mentiram” para mim ao dizer que a Igreja é Una, Santa, Católica, Apostólica, Romana. Que a moral católica era ensinada e defendida tanto por leigos e padres, todos juntos, consumados na unidade, e que ser a favor do casamento entre homem e mulher, a favor da confissão e do celibato, da recepção da comunhão em estado de graça e da liturgia vivida com dignidade seguindo os ritos, eram, todas essas atitudes, sinais de amor a Deus e não só cumprimento de leis humanas.

“Mentiram” também os meus formadores ao valorizarem a obediência ao Papa e ao Magistério da Igreja, a fraternidade sacerdotal, a comunhão com os Bispos, a maturidade afetiva tão importante para a vida em comunidade, o amor ao povo, a dedicação intensa e exclusiva ao ministério pastoral etc.

Quantas “mentiras”. Mas, na verdade, não foram mentiras. Por isso coloquei entre aspas essa palavra. Aliás, nunca ouvi sair dos lábios dos meus pais e mestres nenhuma mentira em termos de valores. Na realidade, eram as grandes Verdades da vida!

O quanto devo agradecer a eles pela fidelidade que souberam viver e, sobretudo, pela coragem e pelo amor que a mim dedicaram, porque não foram “politicamente corretos”, porque não cederam às pressões culturais, porque não permitiram que houvesse “buracos negros” na minha consciência.

Graças aos meus pais e mestres, que me ensinaram a boa ciência e a boa teologia, hoje eu amo e defendo a vida humana desde a sua concepção até a sua morte natural.

Eu amo e defendo o casamento entre um homem e uma mulher e fico admirado como o amor íntimo entre eles é fonte de afetos e prazeres, mas é, principalmente, fonte de santidade matrimonial e de vida transmitida aos filhos.

Eu amo e defendo as verdades buscadas inteligentemente, não permitindo a manipulação ideológica e cultural da minha razão, pois com ela eu participo – com limites, é claro! – da Inteligência de Deus.

Eu amo e defendo o mundo, que saiu bom das mãos do Criador, e ao qual devo servir, com paixão, procurando o seu bem e o bem de todos os homens.

Eu amo e defendo as pessoas que sofrem, no corpo e no espírito, com o desemprego, com as drogas, com as injustiças, com as mentiras ditas pelos politicamente corretos, e busco, com outras pessoas de boa vontade, as autênticas soluções sociais que correspondam à dignidade humana.

Eu amo e defendo a liberdade humana e sei que só com liberdade na verdade que poderei realizar-me como homem e contribuir para que meus irmãos e irmãs sejam livres em sociedade.

Eu amo e defendo as leis do meu país, desde que sejam realmente justas e benéficas para todos, sem favorecimento de grupos menores, e por isso mesmo é que respeito os governantes, os legisladores, os juristas, homens que devem atuar conscientes de que, um dia, prestarão contas ao Supremo Legislador, como eu também irei prestar.

Amo e defendo todas as pessoas que vivem a mesma época que vivo e — independentemente de suas opções de vida — não as discrimino, nem sou intolerante com elas, mesmo quando elas, não obedecendo a Deus, preferem obedecer seus impulsos ou seus interesses sombrios.

Eu amo e defendo, com todas as forças da minha vida, a Santa Mãe, a Igreja, o Papa, os Bispos, os padres, a doutrina de fé e de moral presente no Catecismo e nos documentos do seu Magistério e nunca vacilo quando devo obedecer antes a Deus do que aos homens.

Eu amo e defendo a Verdade, o Bem e a Beleza, categorias divinas e humanas que estão acima das pesquisas de opinião pública, dos censos nacionais, dos debates nas redes televisivas e sociais, e, por meio dessas três realidades, encontro-me com Deus Uno e Trino, origem e destino da vida de todos os meus companheiros e companheiras de viagem nesse planeta maravilhoso, que é a Terra.

Pais e mestres, vocês são os referenciais das crianças e dos jovens! Não abdiquem dessa bela missão de informar e de formar cidadãos das duas cidades, a terrena e a eterna, porque o dia em que vocês começarem a ser “politicamente corretos”, nesse mesmo dia vocês começarão a ser “autenticamente Pinóquios” para seus filhos e alunos.

Não mintam sobre Deus, sobre a família, sobre a Igreja, sobre o valor da vida em geral, especialmente sobre a dignidade e a inviolabilidade da vida humana!

Não mintam sobre a identidade do homem e da mulher, sobre o amor humano mais forte e mais realizador do que os afetos sensíveis, nem sobre a formosura do casamento e da educação dos filhos para esse amor!

Por favor, pais e mestres, sejam autênticos, sejam corajosos, sejam retos e corretos, sejam limpos nas consciências e lúcidos nos seus ensinamentos!

Feliz dia das mães, feliz dia dos pais, feliz dia do Professor!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

"A oração nos educa a ver os sinais de Deus", diz Papa

Dando sequência ao ciclo de catequeses sobre a oração, o Papa Bento XVI dedicou a Catequese desta quarta-feira, 12, à segunda parte do livro do Apocalipse. Ele lembrou que, mesmo em meio às dificuldades, a Igreja não se fecha em si mesma e continua a afirmar que o mal não vence o bem. Desta forma, os cristãos devem permanecer otimistas e entender que a oração nos educa para vermos os sinais de Deus, que possui toda a vitória.

"...como cristãos não podemos nunca ser pessimistas; sabemos bem que no caminho da nossa vida encontramos muita violência, mentira, ódio, perseguição, mas isto não nos desencoraja. Sobretudo, a oração nos educa a ver os sinais de Deus, a sua presença e ação nos faz sermos nós mesmos luzes do bem, que espalham a esperança e indicam que a vitória é de Deus".

O Pontífice destacou a necessidade de os fiéis se aprofundarem na leitura da história em que vivem, a fim de contribuírem com o desenvolvimento do Reino de Deus. "E este exercício de leitura e de discernimento, como também de ação, está ligado à oração", disse.

Bento XVI lembrou que, após o apelo feito por Cristo na primeira parte do Apocalipse para que os fiéis ouvissem o que o Espírito diz à Igreja, a assembleia é convidada a subir ao céu para ver a realidade com os olhos de Deus. Isso traz três símbolos, que são pontos de referência para a leitura da história: o trono de Deus, o Cordeiro e o livro.

O Papa explicou que esses três símbolos nos fazem lembrar qual é o caminho para saber ler os fatos da história e da nossa própria vida e que, olhando para o céu, no relacionamento constante com Jesus, o povo aprende a ver as coisas de um modo novo.

“A oração é como uma janela aberta, que nos permite ter o olhar voltado para Deus, não somente para nos recordar a meta para a qual nos dirigimos, mas também para deixar que a vontade de Deus ilumine o nosso caminho terrestre e nos ajude a vivê-lo com intensidade e compromisso”.

O Santo Padre lembrou ainda que o mundo está repleto de males causados pelo homem, mas que isso não deve ser motivo de desânimo. "Diante dessa realidade, muitas vezes dramática, a comunidade eclesial é convidada a não perder nunca a esperança, a crer firmemente que a aparente onipotência do Maligno colide com a verdadeira onipotência de Deus".

A importância da oração também foi outro aspecto enfatizado por Bento XVI. Ele ressaltou que não existem orações inúteis; Deus, em seu amor e misericórdia, sempre responde às nossas orações, mesmo que de forma misteriosa.

“Muitas vezes, diante do mal, se tem a sensação de não poder fazer nada, mas é a nossa própria oração a primeira resposta e mais eficaz que podemos dar e que faz mais forte o nosso cotidiano empenho em espalhar o bem”.

Fonte: Site Arquidiocese

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Festa Aventura da Cruz

Tradicionalmente conhecida como um momento de encontro com Deus para o aprofundamento da espiritualidade daqueles que receberão pessoas do mundo inteiro para o encontro com o Papa Bento XVI — na Cidade Maravilhosa, em julho de 2013 —, a 11ª edição da Vigília dos Jovens Adoradores marcará mais uma etapa importante deste belo momento histórico que a Igreja no Brasil, em particular no Rio de Janeiro, vive.

Na próxima sexta-feira, dia 14 de setembro, a partir das 20h, no evento “Festa Aventura da Cruz”, o Brasil e o mundo ouvirão pela primeira vez o Hino Oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), que será lançado na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz. Nesta data, em que a Igreja celebra a Exaltação da Santa Cruz, a vigília mensal em preparação para o encontro dos jovens com o Papa em 2013 será realizada pela primeira vez fora do Santuário Nacional de Adoração Perpétua e terá a Celebração Eucarística presidida pelo Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giovanni d'Aniello. Além disso, o encontro contará com as apresentações de Adriana, Eliana Ribeiro, Walmir Alencar, Olivia Ferreira, Leandro Souza, Frutos de Medjugorje e DJ’s Católicos. A festa pretende reunir os jovens para um grande momento de oração e música, comemorando também os 446 anos do bairro de Santa Cruz, que no ano que vem receberá a Vigília e a Missa de Envio com o Papa Bento XVI.

O lançamento oficial do Hino da Jornada Mundial da Juventude, que tocará os corações e embalará a vida vocacional e missionária dos jovens, será feito às 22h pelo Presidente do Instituto JMJ Rio2013 e Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Intitulada "Cruz da Esperança!", a canção foi composta pelo mineiro de Belo Horizonte, Padre José Candido – compositor de mais de 200 títulos –, que ressaltou sua felicidade em prestar mais este serviço à Igreja.

Outro destaque da próxima Vigília dos Jovens Adoradores é o reencontro do Núncio Apostólico do Brasil com os jovens das diferentes expressões católicas do Rio de Janeiro. O primeiro encontro aconteceu durante o “Preparai o Caminho”, evento realizado de 27 a 29 de julho, no Maracanãzinho, quando Dom Giovanni agradeceu pelo dinamismo, pela alegria e pelo empenho na organização da JMJ Rio2013. Um dos diretores do Setor de Preparação Pastoral do Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude, Padre Arnaldo Rodrigues, explicou que o bate-papo desta vez vai consistir em uma conversa sobre expectativas.

Sairá de nossa Paróquia um ônibus com destino a Santa Cruz às 19 horas, retornando quando acabar a Vigília às 6 horas da manhã. Ainda existem algumas vagas. Valor R$20,00. Contato pelo email paroquiasaojoaquimrio@gmail.com.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Barzinho de Jesus

No sábado passado foi realizado o Barzinho de Jesus, encerrando a Semana da Juventude em nossa Comunidade. Lipe Freitas e Banda deram o grande brilho à noite musical, onde também se apresentaram, dando show, a Banda do nosso Grupo Jovem.

Confira as imagens da noite:
Ótimo público presente

 A Comunidade prestigiando o Barzinho

Pe Gleuson junto a Luis Fernando e Mariana

 Grupo Juvem mostrando os seus talentos

 Lipe Freitas e Banda - Grande Show

 Descontração no fim da noite

Nossos Coordenadores do Grupo Jovem, Mariana e Luis, com Lipe e Banda