quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Bento XVI: sigam em frente pelo bem da Igreja e pelo bem da humanidade



Nesta quinta-feira, 28 de fevereiro, pouco antes das 13h (horário de Brasília), com o repique dos sinos da Igreja de Roma e muita emoção, Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, recebeu as honras de um piquete da Guarda Suíça, no pátio de São Damaso, saudou o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone e outros colaboradores, e seguiu em direção ao heliporto, onde recebeu a saudação do decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Angelo Sodano, e deixou o Vaticano seguindo para Castel Gandolfo. 

Em sua chegada ao vilarejo, que fica aproximadamente a 30 Km de Roma, Bento XVI foi acolhido pelo Presidente do governo do Estado da Cidade do Vaticano, Cardeal Giuseppe Bertello, e pelo Secretário, Dom Giuseppe Sciacca. O bispo da diocese de Albano, Dom Marcello Semeraro, autoridades civis da cidade, e uma multidão de fiéis de diversas nacionalidades presentes na pequena praça de Castel Gandolfo também receberam o Sumo Pontífice, que permanecerá no Palácio Apostólico da região durante dois meses, enquanto será reformado o mosteiro de clausura nos Jardins Vaticanos, onde passará a morar. 

Emocionado e comovido com os gestos de apoio e agradecimento, Bento XVI fez uma saudação aos fiéis da sacada do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, onde agradeceu e exortou a todos para que, junto com ele, sigam em frente pelo bem da Igreja e pelo bem da humanidade. 

— Estou feliz por encontrar-me com vocês, circundado pela beleza da Criação e pela simpatia de vocês que me faz muito bem. Obrigado pela amizade de vocês, do seu afeto. Vocês sabem que este dia é para mim diferente dos dias precedentes: serei Sumo Pontífice da Igreja Católica até às 20h desta noite, depois não mais o serei. Sou simplesmente um peregrino que inicia a última etapa de sua peregrinação nesta terra. Mas gostaria ainda, com o meu coração, com o meu amor, com a minha oração, com a minha reflexão, com todas as minhas forças interiores, trabalhar em prol do bem comum e o bem da Igreja e da humanidade. E me sinto muito apoiado pela simpatia de vocês. Sigamos adiante com o Senhor para o bem da Igreja e do mundo. Obrigado de coração, agradeceu emocionado o Pontífice. 

Ainda no Vaticano, Bento XVI publicou o seu último tweet, no qual enviou a seguinte mensagem: “Obrigado pelo vosso amor e o vosso apoio! Possais viver sempre na alegria que se experimenta quando se põe Cristo no centro da vida". 

Às 20h (16h no Brasil), a Guarda Suíça fechou a porta do Palácio Apostólico e retornou para o Vaticano, encerrando assim, oficialmente, o serviço para o Papa como chefe da Igreja, que neste momento encontra-se em Sé Vacante.

Fonte: arqrio.org

Quaresma: Tempo de renovar a vida cristã



Dom Orani João Tempesta


Iniciamos nossa caminhada para a Páscoa! Refazemos o caminho do Êxodo em 40 dias de jejum, esmola, oração, penitência. Queremos renovar nossa vida cristã passando novamente pelo mar vermelho das promessas batismais e da nossa unidade com o Deus da aliança, tornando presente o acontecimento do Monte Sinai.

É um tempo especial para nós, católicos, quando a liturgia, sóbria e simples, nos enfoca o essencial de nossa vida cristã e nos conduz para uma sincera abertura para a graça de Deus, chamando-nos à conversão visibilizada no sacramento da Penitência. As celebrações penitenciais que se multiplicam pela Arquidiocese são para nós a oportunidade que devemos aproveitar e acolher como um grande dom de Deus para a experiência de Sua misericórdia e renovação de nossas vidas.

A Igreja nos convida a viver o tempo da Quaresma! Infelizmente, a sociedade, com sua realidade plural, não se importa com este tempo, muito mais preocupada está com os resultados dos desfiles carnavalescos e a procura de vender mais chocolates por ocasião da Páscoa. Todos os anos, ao início deste tempo, somos convidados ao jejum e à abstinência de carne.  Assim, já na Quarta-feira de Cinzas surge em meio aos cristãos acostumados às muitas celebrações a pergunta: “qual o significado da Quaresma?”

Para responder a essa questão, devemos olhar para o nosso dia-a-dia e perceber que todas as vezes que as pessoas estão diante de algo importante para suas vidas lançam-se freneticamente numa preparação para conseguir o objetivo desejado. Jovens enfrentam os muitos “cursinhos” para passar no vestibular; outros se empenham nas aulas de direção para conseguir a tão sonhada carteira de motorista. Aprender nova língua para conseguir um bom emprego; Esmerar-se nos estudos para conseguir a vaga em entidades públicas ou uma grande empresa. Ou seja, para algo especial, preparação radical

A Páscoa é a celebração máxima da vida do Cristianismoexpressão mais profunda do nosso relacionamento com Deus; por isso, a Igreja como “Mãe e Mestra” nos convida a uma preparação especial de quarenta dias – o tempo da Quaresma. Aqui no Brasil, somos questionados a cada ano diante de assuntos importantes para a vida cristã e para a nossa sociedade. Neste ano é sobre a juventude. É óbvio que no ano em que o Brasil recebe aqui no Rio de Janeiro a Jornada Mundial da Juventude, o tema também fosse o mesmo aprofundado do lado social e dos compromissos do protagonismo juvenil na transformação da sociedade.

Neste tempo propício de oração, jejum e caridade, devemos rever nossas atitudes diante de Deus, do próximo e de nós mesmos. É um convite à oportunidade de estar plena e conscientemente diante de Deus, para receber d’Ele a vida nova, trazida na Páscoa.

O espaço de tempo de quarenta dias tem sua fundamentação na Sagrada Escritura. Os números têm um simbolismo muito grande nos dois Testamentos. Vemos a duração da Quaresma baseada no símbolo deste número na Bíblia. Quarenta dias e quarenta noites é o tempo de duração do dilúvio (Gen. 7,12), aqui Deus dá uma nova oportunidade de vida e regeneração aos que se salvaram seguindo os seus mandamentos; Quarenta anos foi o tempo da peregrinação do povo judeu pelo deserto (Dt 1-3), errante, sofrido e ao mesmo tempo pleno de esperança, marca definitiva de todo cristão. Quarenta dias Moisés e Elias estiveram na montanha (Ex. 24,18) e ainda quarenta dias que Jesus passou no deserto (Lc 4,2) antes de começar a sua vida pública, fazendo jejum e ali sendo tentado por Satanás. Aliás, esse é o episódio que abre a Quaresma no primeiro domingo, cada ano em uma das versões dos evangelhos sinóticos.

Percebemos na história bíblica o tempo de quarenta dias para uma preparação de algo que viria logo a seguir, sendo considerado como muito importante. Somos ajudados também pelos acontecimentos do mundo atual, quando vemos ao redor a violência, o egoísmo, a intolerância, o relativismo, a manipulação do ser humano como “coisa”, a desunião da família e a contestação dos valores da vida e do ser humano colocados diante de nós a cada instante pelas várias circunstâncias culturais e sociais. Por outro lado, temos exemplos belíssimos de sinais de desapego, de amor ao próximo, de serviço à Igreja, como nos deu o nosso beatíssimo padre o Papa Bento XVI, que marcou a conclusão de seu pontificado para o próximo dia 28 de fevereiro, demonstrando a grandeza de seu espírito. Ele continuará servindo à Igreja e à humanidade com uma vida de oração e silêncio no Mosteiro situado no Vaticano.

Com todo o sentido espiritual, litúrgico, social, cultural e dos acontecimentos atuais, a Quaresma deste ano nos traz, portanto, a oportunidade magnifica de mudança. Mudança de rumo, de perspectivas, enfim, de vida. Se todos os anos esse apelo é marcante, este ano muito mais: agora é o tempo favorável que temos para empreender ainda mais como cristãos o nosso empenho nessa abertura à ação da graça, vivenciando a beleza da escolha que o Senhor fez de cada um de nós para sermos seu povo e seu rebanho.

O seu significado mais profundo vai depender de cada coração. Como estamos acolhendo este tempo penitencial? Tem ele nos trazido novas moções do Espírito? E nós as temos aceitado? Como se trata de um tempo penitencial, ainda caberia uma pergunta ao nosso coração. Minha consciência aprova tudo o que faço, ou às vezes deixo de fazer, correndo o risco de omitir-me diante da verdade?

É o tempo da oportunidade que Deus mais uma vez se dispõe a nos presentear para estarmos na sua presença.Que as atitudes externas deste tempo correspondam a um coração contrito e arrependido, que busca configurar-se a Cristo em suas atitudes concretas no relacionamento com Deus e com os irmãos. É a proposta anual da Igreja que chama seus filhos a viverem com coerência a vida segundo o Evangelho no seguimento de Cristo hoje.

O período quaresmal, em que a Liturgia da Igreja apresenta à nossa reflexão os grandes mistérios da salvação, seja vivido por nós todos em atitude de penitência e de sacrifício, para nos prepararmos dignamente para o encontro pascal com Cristo. Vivei sempre animados pelo ideal altíssimo proclamado por Jesus: O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos (Jo 15, 12-13).

Portanto, a Quaresma vai significar para cada coração que crê a grande oportunidade da sua vida. Estar na presença de Deus e d’Ele receber vida, e vida em abundância (Jo 10,10).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Simulado de Catequese do Vicariato Norte no picadeiro da FÉ

Do blog do Vicariato Norte

O Simulado de Catequese do Vicariato Norte aconteceu no dia 23/2, das 8h às 12h, no Unicirco Marcos Frota, na Quinta da Boa Vista, S. Cristóvão, RJ. A idéia era realizar este Simulado fora das paróquias porque haverá eventos da JMJ que não se realizarão nas igrejas. Paroquianos que atenderam ao chamado cumpriram todas as etapas do encontro: chegada às 8h, reflexão sobe a Palavra com o Bispo Dom Paulo Cesar, testemunho da voluntária polonesa, Maria, que já está trabalhando conosco, testemunho de quem já participou de outras jornadas, confissões, cânticos, Banda Canto Novo, nº de acrobacia oferecido por um equilibrista local, entrevistas e Santa Missa. Os simulados contam com a presença do maior nº de pessoas possível para a avaliação dos acertos e falhas. Portanto, não deixe de atender aos apelos de seu vicariato porque estamos diante de um enorme evento em julho próximo, a JMJRio2013.  Especialmente os jovens. Houve muitas postagens no twiter e facebook, durante o evento. @PascomVNorte.

Galeria de imagens:


           Ótima presença de voluntários


           Presença de Dom Paulo Cezar


             Pe Cláudio - Vigário Episcopal

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Missa em Ação de Graças pelo pontificado do Papa Bento XVI


Nesta sexta-feira, 22 de fevereiro, ao meio dia, a Arquidiocese do Rio de Janeiro irá  oferecer uma Missa em Ação de Graças pelo Pontificado do Papa Bento XVI. A missa será presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. 

Na mesma data, todas as paróquias da Arquidiocese também celebrarão a Eucaristia com esta intenção, em diversos horários. A Igreja Nossa Senhora do Carmo fica à Rua Sete de Setembro, 14, no Centro.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

JMJRio2013: obras em Guaratiba começaram nesta terça-feira


Mais um passo foi dado rumo à Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho deste ano, no Rio de Janeiro. As obras no terreno que irá receber a Vigília e a Missa de Envio com o Santo Padre, batizado de Campus Fidei (Campo da Fé), começaram na tarde desta terça-feira, 19 de fevereiro, após a cerimônia de benção presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

Estiveram presentes também os Bispos Auxiliares, Dom Paulo Cezar, Dom Edson de Castro Homem, além de representantes das três esferas de governo: municipal, estadual e federal, vigários episcopais, membros do clero, funcionários do Comitê Organizador da Jornada e paroquianos da região. Aproximadamente 200 pessoas acompanharam o evento. O Arcebispo ressaltou que a benção ao terreno se estende àqueles que participarão da JMJ e também àqueles que durante os próximos meses trabalharão no local:

— Mais do que um terreno, aqui é o local onde a juventude estará presente e será acolhida por nós. Aqui acontecerá a Vigília do sábado e a Missa de Envio do domingo e os jovens poderão conhecer as belezas naturais dessa região e as belezas do povo que aqui reside. (...) Vamos abençoar esse local que será um dos espaços da Jornada Mundial da Juventude pedindo a Deus para que abençoe também todos os jovens que virão para cá durante a JMJ e também por todas as pessoas que trabalharão pro aqui durante esses cinco meses, disse.

Fonte: arqrio.org
 Por: Raquel Araujo e Raphael Freire

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Amor Intercessor

Clique e assista o vídeo oficial do mais novo trabalho de Pe Gleuson Gomes. Cd Amor Intercessor.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Semana de Formação da Iniciação Cristã do Vicariato Norte


Um convite aos nossos Agentes de Pastorais de Iniciação Cristã: Batismo, Catequese e Crisma.

De 18 a 22 de fevereiro, o Vicariato Norte irá promover a semana de formação da Iniciação Cristã. As atividades serão realizadas na Paróquia Nossa Senhora do Líbano, na Tijuca, das 14h às 17h, todos os dias.   O Vigário Episcopal do Vicariato Norte, padre Claudio dos Santos fará a abertura do evento e irá palestrar sobre a Porta da Fé. Confira os temas das reflexões dos demais dias: 

TEMAS
Dia 18/02: Porta da Fé – Pe. Claudio dos Santos;
Dia 19/02: A Iniciação Cristã no 11º PPC – Irmã Lúcia;
Dia 20/02:  Redescobrindo nosso material e inserindo a família – Seminarista Arthur José T. da Conceição;
Dia 21/02:  Dimensão Bíblica da Fé – Pe. Leonardo Agostini;
Dia 22/02: Campanha da Fraternidade e JMJ – Glória Louro,  e Jovens;

A Paróquia Nossa Senhora do Líbano fica à  Rua Conde de Bonfim, 638

Catequese: Papa destaca o que é a verdadeira conversão


No dia em que a Igreja inicia o tempo quaresmal, nesta Quarta-Feira de Cinzas, 13, o Papa Bento XVI reuniu-se com os fiéis na Sala Paulo VI para a audiência geral. O foco de sua reflexão foi este momento específico da vida terrena de Jesus Cristo, lembrando as tentações sofridas por Ele e destacando a necessidade de uma verdadeira e contínua conversão dos fiéis. 

A reflexão sobre as tentações sofridas por Jesus é, segundo o Papa, um convite para que cada um responda a uma pergunta fundamental: o que conta verdadeiramente na vida? Ele explicou que o ponto central das tentações pela quais passou Cristo é a proposta de manipular Deus, usá-lo para os próprios interesses, para a própria glória e sucesso, além de ter em sua essência a proposta de colocar a si mesmo no lugar de Deus. “Cada um deveria perguntar-se então: que lugar tem Deus na minha vida? É Ele o Senhor ou sou eu?”, disse.

Bento XVI enfatizou que a superação de tais tentações é um caminho que cada cristão deve percorrer sempre novamente. Ele explicou ainda o significado da “conversão”, um convite sempre tão escutado na Quaresma. “...significa seguir Jesus de modo que o seu Evangelho seja guia concreta da vida; significa deixar que Deus nos transforme, parar de pensar que somos nós os únicos construtores da nossa existência; significa reconhecer que somos criaturas, que dependemos de Deus, do seu amor”. 

Por fim, o Papa exortou os fiéis a, neste tempo de Quaresma, no Ano da Fé, a renovarem o empenho no caminho da conversão, para superar a tendência de fechar-se em si mesmo e dar espaço a Deus. “Converter-se significa não fechar-se na busca do próprio sucesso, do próprio prestígio, da própria posição, mas assegurar que a cada dia, nas pequenas coisas, a verdade, a fé em Deus e o amor tornem-se a coisa mais importante”, concluiu. 

Fonte: Canção nova

Bento XVI envia mensagem para Campanha da Fraternidade


Queridos irmãos e irmãs,

    Diante de nós se abre o caminho da Quaresma, permeado de oração, penitência e caridade, que nos prepara para vivenciar e participar mais profundamente na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No Brasil, esta preparação tem encontrado um válido apoio e estímulo na Campanha da Fraternidade, que este ano chega à sua quinquagésima realização e se reveste já das tonalidades espirituais da XXVII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho próximo: daí o seu tema “Fraternidade e Juventude”, proposto pela Conferência Episcopal Nacional com a esperança de ver multiplicada nos jovens de hoje a mesma resposta que dera a Deus o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me!”(6,8)
     
      De bom grado associo-me a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil, enviando a todos e cada um a minha cordial saudação no Senhor, a quem confio os esforços de quantos se empenham por ajudar os jovens a tornar-se – como lhes pedi em São Paulo – “protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no Evangelho” (Discurso aos jovens brasileiros, 10/05/2007). É que os “sinais dos tempos”, na sociedade e na Igreja, surgem também através dos jovens; menosprezar estes sinais ou não os saber discernir é perder ocasiões de renovação. Se eles forem o presente, serão também o futuro. Queremos os jovens protagonistas integrados na comunidade que os acolhe, demonstrando a confiança que a Igreja deposita em cada um deles. Isto requer guias – padres, consagrados ou leigos – que permaneçam novos por dentro, mesmo que o não sejam de idade, mas capazes de fazer caminho sem impor rumos, de empatia solidária, de dar testemunho de salvação, que a fé e o seguimento de Jesus Cristo cada dia alimentam.

      Por isso, convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime: “Agora que isto tocou os teus lábios, tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado” (Is 6,7). Desse encontro transformador, que desejo a cada jovem brasileiro, surge a plena disponibilidade de quem se deixa invadir por um Deus que salva: “Eis-me aqui, envia-me!’ aos meus coetâneos” - ajudando-lhes a descobrir a força e a beleza da fé no meio dos “desertos (espirituais) do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: (…) o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o é o Catecismo da Igreja Católica” (Homilia na abertura do Ano da Fé, 11/10/2012).

      Que o Senhor conceda a todos a alegria de crer n’Ele, de crescer na sua amizade, de segui-Lo no caminho da vida e testemunhá-Lo em todas situações, para transmitir à geração seguinte a imensa riqueza e beleza da fé em Jesus Cristo. Com votos de uma Quaresma frutuosa na vida de cada brasileiro, especialmente das novas gerações, sob a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecia, a todos concedo uma especial Bênção Apostólica.

Vaticano, 8 de fevereiro de 2013
[Benedictus PP. XVI]

domingo, 3 de fevereiro de 2013

“Crê para compreender, compreende para crer”

Ano da Fé - Formação

No homem atual, assim como no de outros momentos históricos, se encontra a pergunta sobre a relação entre a fé e a razão. Estes dois conceitos seriam contraditórios (ou eu acredito, ou eu compreendo) ou seriam correspondentes (eu creio, por isso compreendo e eu compreendo, por isso creio)? A resposta da fé católica a esta pergunta é clara: “Crer é um ato da inteligência humana que assente à verdade divina a mando da vontade movida por Deus através da graça” (Santo Tomás de Aquino – S. Th. II-II,2.9). O nosso ato de resposta a Deus, longe de excluir a inteligência, faz dela uma instância de tal resposta. Desta forma, nós podemos afirmar uma relação positiva entre fé e razão: “Mas, ainda que a fé esteja acima da razão, jamais pode haver verdadeira desarmonia entre uma e outra, porque o mesmo Deus que revelou os mistérios e infunde a fé, dotou o espírito humano da luz da razão, e Deus não pode negar-se a si mesmo, nem a verdade jamais contradizer a verdade” (Concílio Vaticano I – Dei Filius – DS 3017).

Historicamente, nós encontramos três tipos de resposta à pergunta da relação fé e razão. Destas repostas, duas a Igreja considera insuficiente. A primeira resposta insuficiente é o fideísmo. Este pode ser entendido como a aceitação dos mistérios revelados por Deus sem o auxílio da razão. De maneira geral, podemos exemplificá-lo da seguinte maneira: “Eu creio porque Deus disse! Eu creio porque está na Bíblia! Eu creio porque para Deus tudo é possível!”. Esta postura carrega de positivo a abertura para a Revelação Divina. Todavia, não leva a sério o fato de que o conteúdo da Revelação foi dirigido para nós, homens. Nós fomos criados por Deus capazes não só de aceitar as verdades de Fé, mas também de entendê-las, de aprofundá-las, de retirar conclusões delas. Sem esta faculdade crítica, nós seríamos levados por todo vento de doutrina sem critérios para nos guiar.

A segunda resposta insuficiente é o racionalismo. Este pode ser entendido como o esforço do homem em “crer” só naquilo que ele pode explicar cientificamente. De maneira geral, podemos exemplifica-lo da seguinte maneira: “Eu creio porque a ciência provou que isto é verdade!”. Esta postura carrega de positivo uma tentativa do homem de conhecer a verdade. Todavia, embora Deus tenha nos criado com a faculdade da razão, esta é limitadíssima quando seu objeto de conhecimento é o próprio Deus e sua verdade revelada. Se o homem acreditar apenas no que sua razão conseguir comprovar cientificamente, viverá uma fé bem reduzida. De maneira geral, esta visão critica muito os milagres, as profecias, a Ressurreição de Cristo, a realidade sobrenatural da Igreja, a vida da graça, os novíssimos (purgatório, inferno e céu). A razão sozinha pode até conhecer a Deus, mas a revelação é quem a ilumina no conhecimento das realidades divinas.

Podemos perceber como o fideísmo e o racionalismo são posturas extremadas. A nossa Igreja acredita numa relação positiva entre fé e razão. De maneira geral, podemos exemplificar da seguinte maneira: “Eu creio porque Deus revelou e isto se harmoniza com a razão, tenho motivos de credibilidade”. A postura da Igreja valoriza o homem, criatura de Deus e dotado de inteligência, e a graça. O ato de crer não é movimento cego do homem.

A definição do ato de Crer dada por Santo Tomás de Aquino acima nos mostra exatamente o que entendemos por este ato:

Deus através da graça move a vontade humana – A fé é dom de Deus. É Ele que com o dom da sabedoria infunde um conhecimento de si no homem.

A vontade direciona a inteligência – Uma vez recebido o dom da fé, a vontade inclina a inteligência humana a buscar assentir, ou seja, a inteligência quer conhecer a Deus e os seus mistérios.

Crer é um ato da inteligência humana que assente a verdade divina – a inteligência humana compreende, em sua condição, a verdade revelada por Deus e encontra credibilidade nela.

Pelo que vimos nesta catequese, a fé cristã católica acredita na relação harmônica entre a fé e a razão. Nossa postura é equilibrada, salvaguardando tanto a dimensão da fé (Deus que revela a si mesmo e a sua vontade) e a dimensão da inteligência da fé (o homem é chamado a responder a Deus tendo razões críveis para o ato de fé). Assim, não vivemos nem o fideísmo (a fé pela fé) nem o racionalismo (a fé só naquilo que a ciência pode provar). A razão iluminada pela fé pode confiar plenamente em Deus e acolher a sua verdade sem ficar constrangida.

Para aprofundar convidamos a leitura do Catecismo da Igreja Católica, parágrafos de 154 a 160; do Compêndio do Catecismo, perguntas 28 e 29; do Youcat, pergunta 23; a Dei Verbum, número 2, 5 e 6; e, Gaudium et Spes, números 14-17; 53-62.

Fonte: www.arqrio.org
Por Padre Vitor Gino Finelon

Arquidiocese do Rio testemunha: Jesus Cristo é a luz do mundo

No último sábado, 2 de fevereiro, dia em que a Igreja celebrou a Apresentação do Senhor e o Dia de Nossa Senhora das Candeias, a Arquidiocese do Rio de Janeiro juntamente com o Comitê Organizador Local da (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013) reuniu milhares de fiéis, na Concha Acústica do Santuário de Nossa Senhora da Penha, para o “Caminho de Luz”.

O evento, que teve como objetivo fazer com que os fiéis vivenciem cada vez mais o Ano da Fé rumo à JMJ Rio2013, contou com a presença do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, de Bispos Auxiliares da Arquidiocese, Vigários Episcopais, Padres e do Bispo de Noto, na Itália, Dom Antonio Staglianò – que está no Rio para participar da 23ª edição do Curso dos Bispos, no Sumaré.

Dom Orani presidiu a Celebração Eucarística e falou sobre a motivação do evento que teve um caráter oracional. O Arcebispo ressaltou a importância de todos seguirem a luz de Cristo tendo sempre a certeza de que Ele é a luz do mundo – “Eu sou a luz do mundo” (João 8,12).

— Com muita alegria nós viemos até o Santuário da Penha para viver esse dia 2 de fevereiro, dia da Apresentação do Senhor e de Nossa Senhora da Luz. Queremos viver neste Ano da Fé, Ano da Juventude, o “Caminho de Luz”. Sabemos que a nossa fé está em viver a luz de Cristo e consequentemente sermos luz para os irmãos. Aqui neste Santuário de nossa Arquidiocese junto com Maria, aquela que disse sim ao projeto de Deus, viemos pedir que Jesus nos ilumine e que também nós, enquanto igreja, sejamos luz no mundo, afirmou Dom Orani.

www.arqrio.org
Por Raphael Freire