segunda-feira, 28 de abril de 2014

João XXIII e João Paulo II são canonizados em celebração histórica

Uma celebração histórica! Assim pode ser descrita a Santa Missa da canonização dos papas João Paulo II e João XXIII, presidida pelo Papa Francisco neste domingo, dia 27 de abril, na Praça São Pedro, no Vaticano.

Cerca de um milhão e meio de pessoas lotaram a praca, a Via da Conciliação e ruas adjecentes ao Vaticano. Muitas passaram a noite no local, pernoitando com sacos de dormir, fato que lembrou dos jovens na Vigília da última Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.

Vários fiéis participaram de vigílias de orações realizadas nas igrejas de Roma. Muitos passaram a noite em claro, cantando, rezando, fazendo adoração eucarística e se confessando. Muitos peregrinos acompanharam a missa de canonização de João XXIII e João Paulo II através de telões espalhados em vários pontos do centro da capital italiana. Mais de 500 cinemas de 20 países do mundo transmitiram ao vivo a cerimônia na Praça São Pedro.
temp_titlefrancisco_e_bento_27042014080818O Papa emérito Bento XVI concelebrou com o Papa Francisco a missa de canonização de João XXIII e João Paulo II. Ao entrar no adro da Basílica de São Pedro, pouco antes da cerimônia, Bento XVI foi aplaudido pelos fiéis. Os peregrinos aplaudiram também o Papa Francisco quando foi ao encontro do Papa emérito para saudá-lo com um abraço.
"No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que João Paulo II quis dedicar à Misericórdia Divina, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado. Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria", disse o Papa Francisco no início de sua homilia. 
"Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no meio dos discípulos, no Cenáculo, encontrando-se presente também Tomé; dirigindo-Se a ele, convidou-o a tocar as suas chagas. E então aquele homem sincero, aquele homem habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: «Meu Senhor e meu Deus!». Se as chagas de Jesus podem ser de escândalo para a fé, são também a verificação da fé. Por isso, no corpo de Cristo ressuscitado, as chagas não desaparecem, continuam, porque aquelas chagas são o sinal permanente do amor de Deus por nós, sendo indispensáveis para crer em Deus: não para crer que Deus existe, mas sim que Deus é amor, misericórdia, fidelidade. Citando Isaías, São Pedro escreve aos cristãos: «pelas suas chagas, fostes curados»", disse ainda o Santo Padre.
temp_titlegeral_27042014081155"João XXIII e João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado traspassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão, porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, de sua misericórdia, à Igreja e ao mundo. Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria", frisou ainda o Papa Francisco.
Segundo o pontífice, "nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava «uma esperança viva», juntamente com «uma alegria indescritível e irradiante». A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até a náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão". 
temp_title10250096_520410964735670_8914737066770960401_n_27042014080854
Relíquias: sangue de João Paulo II e osso de João XXIII
"Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade de fiéis, em Jerusalém, da qual nos falam os Atos dos Apóstolos. É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade."

João XXIII: o papa da docilidade ao Espírito
"E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si. João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhes deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio, João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado. Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito", sublinhou o pontífice.

João Paulo II: o papa da família
"Neste serviço ao Povo de Deus, João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos vivendo um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu."
temp_titlehomilia_27042014081743"Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama", concluiu o Papa Francisco.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Papa destaca alegria vinda da Ressurreição de Jesus

Diante da certeza da Ressurreição de Cristo, Santo Padre enfatizou necessidade de os fiéis se abrirem à esperança que remove as pedras dos “sepulcros” atuais
Na catequese desta quarta-feira, 23, Papa Francisco dedicou-se a falar da alegria vinda da Ressurreição de Jesus. Trata-se de uma alegria verdadeira e profunda, baseada na certeza de que Cristo não morre jamais, mas está sempre vivo e ativo na Igreja e no mundo.
O Santo Padre concentrou-se, em especial, na frase que os anjos disseram às mulheres no sepulcro de Jesus: “Por que procurais Aquele que vive entre os mortos?”. Estas palavras, segundo ele, dirigem-se também aos homens de hoje, que, de várias formas, podem se fechar em seus egoísmos, seduzidos pelas coisas deste mundo, pelo dinheiro e pelo sucesso, deixando de lado Deus e o próximo.
Por outro lado, o Papa lembrou que nem sempre é fácil aceitar a presença de Cristo Ressuscitado em meio ao homem. É possível ser como Tomé, querendo tocar nas chagas para acreditar, ou como Maria Madalena, que vê Jesus, mas não O reconhece; ou ainda, como os discípulos de Emaús, que, sentindo-se derrotados, não percebem o próprio Jesus que os acompanha.
Depois de um fracasso, para quem se sente só, abandonado e perdeu a esperança, Francisco destacou que a pergunta dos anjos faz superar a tentação de olhar para trás e impulsiona rumo ao futuro.
“Jesus não está no Sepulcro, Ele ressuscitou! Não podemos procurar entre os mortos aquele que está vivo!”, disse Francisco, pedindo que a multidão repetisse a frase dos anjos. “Não nos dirijamos aos muitos sepulcros que hoje prometem algo, e depois não nos dão nada. Ele está vivo. Por isso, é preciso maravilhar-se novamente com Cristo ressuscitado, para poder sair dos nossos espaços de tristeza e abrir-nos à esperança que remove as pedras dos sepulcros e nos dá coragem para anunciar, pelo mundo afora, o Evangelho da vida”.
Depois da catequese, o Papa saudou os diversos grupos presentes na Praça, entre os quais os brasileiros. “Dou as boas-vindas a todos os peregrinos de língua portuguesa, nominalmente aos fiéis de Lisboa e aos diversos grupos do Brasil. Queridos amigos, a fé na Ressurreição nos leva a olhar para o futuro, fortalecidos pela esperança na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Feliz Páscoa para todos!”

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Papa lavará os pés de 12 deficientes de diversas idades, etnias e religiões

“Para o rito do lava-pés escolhemos 12 deficientes de diversas idades, etnias e religiões, com handicap de diversas gravidades. De fato, é um gesto realmente universal de um Deus que se faz homem e serve a toda a humanidade e é sinal da misericórdia evangélica que quer abraçar, com o gesto do Papa, todo o mundo do sofrimento”. Foi o que afirmou o sacerdote Angelo Bazzari, presidente da Fundação Padre Carlo Gnocchi, a respeito da Missa da Ceia do Senhor que o Papa Francisco presidirá na igreja do centro romano “Santa Maria da Providência”, para os deficientes e os funcionários da Obra de assistência.
“É um gesto que o Papa cumpre sempre na esteira daquela Igreja que quer servir primordialmente aos últimos, mas que evangelicamente são os primeiros. Este presente é certamente um carinho que o Papa Francisco faz ao mundo do sofrimento, ao universo habitado pelos mais frágeis e mais vulneráveis”, sublinhou padre Bazzari.
“Um gesto – acrescentou – que certamente quer semear esperança e se torna também um modelo a ser imitado, pois se coloca em continuidade, não somente com os gestos do nosso fundador, mas também com toda a ação da fundação nos seus mais de 60 anos de vida”.
Ao falar sobre como nasceu esta ideia do Papa, o presidente da Fundação Padre Gnocchi explicou que “a coisa foi simples: enviei uma carta ao Papa e depois o encontrei, por uns dois minutos, na Praça São Pedro e renovei o convite a ele. Me respondeu: Por que não? Pensemos sobre isto’. Após, quando nos chegou a notícia de sua decisão, suscitou em todos nós grande admiração e uma alegre e trepidante espera. Consideramos este um gesto de grande apreço por todo o mundo dos deficientes”.
Na Quinta-feira Santa, o Papa Francisco encontrará todos os funcionários dos dois centros de Roma, “Santa Maria da Paz” e “Santa Maria da Providência”, aos quais se juntarão delegações de todos os 27 centros Padre Gnocchi espalhados pela Itália.

domingo, 13 de abril de 2014

Jovens católicos tomam as ruas do Alemão na JDJ 2014

A tarde clara e quente deste sábado, dia 12 de abril, foi ainda mais brilhante com o sorriso e quente com a calorosa alegria de mais de mil jovens que celebraram a Jornada Diocesana da Juventude no bairro de Inhaúma, no Complexo do Alemão.
Jovens das paróquias, movimentos, novas comunidades, congregações e pastorais da juventude fizeram uma concentração na Praça de Inhaúma, em frente à Paróquia São Tiago, para a bênção dos Ramos, antes de saírem em procissão pelas ruas do bairro. A missa foi presidida pelo bispo de Valença e referencial da juventude no Regional Leste 1 da CNBB, Dom Nelson Francelino, e contou com a presença de padres e seminaristas da Arquidiocese do Rio.
Dom Roberto Lopes, vigário episcopal para a Vida Consagrada e delegado para a Causa dos Santos, também esteve presente e apresentou uma relíquia do beato João Paulo II, com um pouco do seu sangue e, em seu relicário, um pedaço da lápide do futuro santo. A relíquia é um presente do Vaticano para que acompanhe os trabalhos relacionados a juventude da Arquidiocese, a começar pela presença na JDJ 2014.
temp_title13_04_2014_11_31_24_13042014113604
Relíquia de João Paulo II
Uma juventude que vai, sem medo, para servir
Para Dom Nelson, a realização do evento só reforça vários aspectos que a juventude carioca vive como Igreja. Neles se misturam a experiência da JMJ Rio2013, o chamado ao discipulado missionário, as provocações e os desafios do tema da Campanha da Fraternidade desse ano, sobre o tráfico humano, e o Ano da Caridade proposto aos católicos do Rio, tudo isso numa verdadeira cultura do encontro.
“Nas periferias, sejam elas geográficas ou existenciais, é onde está o grito, o medo, a ameaça. Eu creio que a juventude toda aqui neste espaço se torna um belo sinal profético de uma Igreja que vai entrando com muita felicidade e de modo muito destemido nessa nova era de sair ao encontro de todos”, destacou Dom Nelson, que foi bispo auxiliar da Arquidiocese antes de assumir a Igreja de Valença, no último dia 5.
O responsável pelo Setor Juventude arquidiocesano, padre Jorge Carreira,  acredita que a celebração da Jornada Diocesana da Juventude é uma forma de reviver a experiência da JMJ Rio2013 na realidade da Igreja do Rio de Janeiro que, mais que um evento, foi um momento de comunhão e testemunho de fé.
“Para ser feliz, para ser santo, para fazer a vontade de Deus, temos que ir aonde Jesus está. E Ele está com aquele que é necessitado, com o pobre, com aquele que sofre perseguição e violência, aquele que é esquecido pela sociedade. Então, se o Domingo de Ramos é Jesus vindo até nós, entrando em Jerusalém para nos salvar, os jovens cariocas foram convidados a irem até Jesus, a encontra-lo no Complexo do Alemão”, afirmou padre Jorge.

Ângelus: jovens brasileiros entregam símbolos da JMJ

Na conclusão da Santa Missa neste Domingo de Ramos e Jornada Mundial da Juventude em âmbito diocesano, e antes de rezar a Oração do Angelus, o Papa Francisco dirigiu uma saudação especial aos 250 delegados – bispos, sacerdotes, religiosos e leigos – que participaram do encontro sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, organizado pelo Pontifício Conselho para os Leigos. Tem início assim o caminho de preparação – destacou o Santo Padre – do próximo encontro mundial, que se realizará em julho de 2016, em Cracóvia e que terá como tema “Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia”. (Mt 5,7)
O Papa então recordou que os jovens brasileiros estavam entregando aos jovens poloneses a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude.
“A entrega da cruz aos jovens foi feita trinta anos atrás pelo Beato João Paulo II: ele pediu aos jovens que a levassem por todo o mundo como sinal do amor de Cristo pela humanidade. No próximo dia 27 de abril teremos todos a alegria de celebrar a canonização deste Papa, junto com João XXIII".
Francisco disse ainda que João Paulo II foi o inciador das Jornadas Mundiais da Juventude, e se tornará o seu grande Patrono; na comunhão dos santos continuará a ser para os jovens do mundo um pai e um amigo. Peçamos ao Senhor, - continuou – que a Cruz, junto com o Ícone de Nossa Senhora, Salus Populi Romani, seja sinal de esperança para todos revelando ao mundo o amor invencível de Cristo.
Em seguida realizou-se a passagem dos símbolos da JMJ das mãos dos jovens brasileiros às mãos dos jovens poloneses.
O Papa então saudou todos os presente em particular as delegações do Rio de Janeiro e de Cracóvia, guiadas pelos seus Arcebispos, os Cardeais Orani João Tempesta e Stanilsaw Dziwisz. Anunciou por fim, neste contexto, “se Deus quiser”, no dia 15 de agosto próximo, em Daejeon, na República da Coreia, encontrarei os jovens da Ásia durante o seu grande encontro continental. O Papa pediu ainda a Maria para que nos ajude a seguir sempre Jesus com fé e com amor, e rezou a Oração do Angelus, concluindo com a sua Benção Apostólica.
O Papa concluiu a manhã com um abraço simbólico a todos os jovens do mundo, encontrando os jovens brasileiros e poloneses e fazendo um giro pela Praça São Pedro com o Papa-móvel. 

sábado, 12 de abril de 2014

Programação da Semana Santa

Pe.Gleuson, Pe. Abdala e toda comunidade paroquial convida você e sua família à participarem das celebrações da Semana Santa na Igreja de São Joaquim. Veja, abaixo, a programação, venha e juntos participemos desses momentos de profunda oração e reflexão.





sexta-feira, 11 de abril de 2014

Cardeal Rylko define JMJ no Rio de Janeiro como revolucionária

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro foi "revolucionária, capaz de um impulso missionário de força extraordinária para toda a Igreja e para as gerações jovens", definiu o Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko.
O Cardeal inaugurou na manhã desta quinta-feira, 10 de abril, em Sassone di Ciampino, próximo a Roma, o encontro internacional sobre as Jornadas Mundiais da Juventude Rio 2013 e Cracóvia 2016. O evento se estenderá até o próximo domingo, dia 13. O arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Dom Orani João Tempesta, também está presente.
"Uma gigantesca semeadura da Palavra de Deus, em especial nos corações dos jovens. Agora, esta grande aventura da fé continua rumo a Cracóvia 2016, onde a JMJ voltará depois de 25 anos da experiência extraordinária de Czestochowa em 1991", afirmou sobre a JMJ Rio2013.
De acordo com o purpurado, as Jornadas Mundiais da Juventude são "um grande sinal de esperança, um grande dom, um estimulante da criatividade e imaginação missionária".
"As Jornadas Mundiais da Juventude se tornaram parte integrante da pastoral da juventude no mundo e deve ser entendida a importância do projeto pastoral que elas trazem para a Igreja", disse o cardeal Rylko.
JMJ de Cracóvia
Segundo o Cardeal Rylko, dois aspectos fundamentais da JMJ de Cracóvia devem ser reiterados: o tema da misericórdia, inspirado num versículo das Bem-Aventuranças e escolhido pelo Papa Francisco como lema do evento, e a figura de João Paulo II que em breve será canonizado.
"Os jovens de todo o mundo que irão a Cracóvia darão graças a Deus pela canonização deste grande pontífice, protagonista nos acontecimentos da época, peregrino incansável do Evangelho, grande profeta dos nossos tempos, fundador das Jornadas Mundiais da Juventude que confiava nos jovens, aliados indispensáveis no projeto da nova evangelização", disse ainda o Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos.
Em 2016, em Cracóvia, "João Paulo II voltará entre seus jovens como o Santo Padroeiro, amigo do céu em que se pode confiar". "A Igreja na Polônia olha para esse grande evento com alegria e gratidão, mas também com um forte senso de responsabilidade pelas expectativas do mundo inteiro", concluiu o Cardeal Rylko.
Na Cracóvia, há novos desafios pastorais que exigem respostas imediatas. “A nova geração de jovens precisa de uma nova geração de agentes pastorais persuasivos e testemunhas autênticas de Cristo e seu Evangelho”, disse ainda o purpurado.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A misericórdia é uma carícia de Deus sobre os nossos pecados, diz o Papa

A misericórdia é uma carícia de Deus sobre os nossos pecados. Esta é a mensagem principal do Papa Francisco na Missa desta segunda-feira, 7 de abril, na Capela da Casa de Santa Marta. Partindo do Evangelho de S. João no seu capítulo 8, que a liturgia nos propõe, o Papa Francisco refletiu na sua homilia sobre o episódio da mulher adúltera.
“Deus perdoa não com um decreto, mas com uma carícia, acariciando as nossas feridas do pecado. Porque Ele está envolvido no nosso perdão e na nossa salvação”. Por isso, de acordo com o Papa, Jesus não humilha, não pergunta à mulher o que fez, quando fez, como e com quem. Ele apenas diz: ‘Vai, vai e não voltes a pecar’. “É grande a misericórdia de Deus, é grande a misericórdia de Jesus. Perdoar-nos acariciando-nos.”
A misericórdia, afirmou o Papa Francisco, vai além e atua na vida de uma pessoa colocando de parte o pecado. “Também nós, quantos de nós, talvez devam ir para o inferno? E aquela é uma justa condenação... mas Ele perdoa para além disso. Como? Com esta misericórdia!”
Os escribas e os fariseus que apresentam a Jesus a mulher surpreendida em adultério não estão preocupados com aquela mulher, afirmou o Santo Padre, mas com as respostas de Jesus: se aconselhasse o apedrejamento ou decidisse perdoar a mulher Jesus seria sempre motivo de acusações por parte dos fariseus. ‘Quem de vós estiver sem pecado atire a primeira pedra’ – esta foi a resposta de Jesus, observou o Papa, o que lhe permitiu ficar a sós com a mulher, pois todos foram embora. Jesus diz-lhe que também Ele não a condena e, segundo o Papa Francisco, vai para além do perdão. “Jesus vai para além da lei. Não diz que o adultério não é pecado! Mas não a condena com a lei. E este é o mistério da misericórdia de Jesus.”
“Mas Padre, a misericórdia apaga os pecados? Não. Aquilo que apaga os pecados é o perdão de Deus!”, disse Santo Padre. De acordo com ele, a misericórdia é o modo como Deus perdoa. “Jesus vai além. Aconselha a não voltar a pecar. Aqui se vê a atitude misericordiosa de Jesus: defende o pecador dos seus inimigos, defende o pecador de uma condenação justa”, disse. 

José de Anchieta: vida e milagre

Otemp_titleanchieta_portal_04042014110836 canário de ascendência judaico cristã nova José de Anchieta nem imaginava que tantos séculos depois de sua passagem pela terra brasilis seria objeto de tamanha atenção por parte da mídia e subiria aos altares como santo.  Era bem jovem quando, em Portugal, sentiu o chamado de Deus e entrou na Companhia de Jesus como irmão.
De saúde frágil, sofrendo de espinhela caída, chegou ao Brasil com 20 anos de idade e recebeu do Padre Manuel da Nóbrega, que aqui já se encontrava, a incumbência de dar prosseguimento à construção do colégio de São Paulo, no planalto de Piratininga, na qual estava empenhado.  Foi a partir deste que Anchieta abriu os caminhos para o sertão e com os índios aprendeu a língua tupi.
Das mãos apostólicas de Anchieta floresceu a cidade que hoje é a mais importante do Brasil. O colégio foi o embrião desta. E Anchieta participou ativamente de sua fundação, em 25 de janeiro de 1554.  Deste fato dá testemunho uma carta do missionário, onde diz: “A 25 de janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e por isso a ele dedicamos nossa casa!”
A ação apostólica de Anchieta não consistiu apenas, no entanto, em construir este colégio.  É de enorme importância sua atuação junto aos índios, aos quais cuidava não apenas de catequizar como também de defender dos abusos dos colonizadores portugueses, que muitas vezes os brutalizavam, escravizando-os e tomando-lhes as mulheres e filhos.
Hábil interlocutor dos indígenas e mediador de situações espinhosas, Anchieta desempenhou importante papel no preparo do armistício entre os tupinambás de Ubatuba e os tupis, em Iperoig.  Intermediou igualmente as negociações entre portugueses e indígenas reunidos na Confederação dos Tamoios, oferecendo-se inclusive como refém dos tamoios, enquanto o Pe. Manuel da Nóbrega retornava a São Vicente para ultimar as negociações de paz.
Além de apóstolo, estrategista e mediador de conflitos, Anchieta também se destacou no campo das letras. Com frequentes viagens ao sertão e a aprendizagem da língua tupi, compôs a primeira gramática desta língua que, na América Portuguesa, foi chamada de “língua geral” e se tornou o principal instrumento de comunicação entre europeus e nativos.
Além disso, era literato e poeta. Compôs peças de teatro na “língua geral”, encantando os índios com a atividade teatral que lhes servia igualmente de aprendizado.  Escrevia com perfeição em português, latim e tupi.  Foi em latim que compôs suas duas grandes obras: um poema sobre a Virgem Maria com mais de 4 mil versos e uma obra sobre os feitos do governador Mem de Sá. Conta a tradição que o poema sobre a Virgem foi escrito primeiramente nas areias da praia de Iperoig, quando era refém dos índios tamoios, e apenas posteriormente passado para o papel.
Anchieta era devoto de Maria, mãe de Jesus, desde muito jovem.  Em meio às durezas e dificuldades da vida missionária do Brasil colônia, certamente essa devoção deve tê-lo ajudado a enfrentar vicissitudes e superar obstáculos.  Sintomaticamente o poema à Virgem se dirige à “Stabat Mater”, a Dolorosa, à qual tantas vezes deve ter rezado em sua terra natal, a Mãe das Dores, sofrendo cruelmente pela paixão do Filho.  A ela se dirige o apóstolo do    Brasil neste poema que se tornou um clássico da literatura nacional e celebrizou seu autor como homem de letras.
Morto em Reritiba, aos 63 anos, Anchieta é uma das chaves de explicação do processo fundacional de nosso país.  Sua vida rica e fecunda, sua intensa atividade missionária, educacional, literária, são a pedra fundamental sobre a qual se apoia boa parte do que será a matriz da cultura brasileira.
Por isso, aos que se admiram de o Papa Francisco tê-lo canonizado sem que se tivesse notícia de um segundo milagre realizado por sua intercessão, a resposta é simples.  O milagre é a própria vida deste homem, assim como a de todos os santos. Milagre é ser mortal, finito e contingente e, no entanto, deixar-se totalmente impregnar pela graça de Deus.  Milagre é deixar para trás todas as  possibilidades de futuro e dedicar a vida à missão de fazer crescer o Reino de Deus em terra que não era a sua.  Milagre é amar como filhos a homens e mulheres que nem conhecia e dedicar-se a educá-los, com eles conviver na amizade e na proximidade. 
E celebrando e agradecendo esse milagre, pedimos: São José de Anchieta, rogai por nós.
Autora
Maria Clara Lucchetti Bingemer
Professora do Departamento de Teologia da PUC-Rio

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Festival Chama Jovem


O FESTIVAL CHAMA JOVEM já entrou para o calendário da Cidade do Rio de Janeiro como o Festival de Bandas Católicas que agita a juventude e leva a palavra de Deus através da musica ao corações sedentos de Amor e de Alegria. Em 2014 será mais um ano surpreendente, para ficar marcado no coração de cada pessoa que se fizer presente. A edição de 2014 acontecerá no dia 10 de Maio, a partir das 15 horas, no Ginásio Poliesportivo do Colégio Nossa Senhora da Piedade, na Avenida Amaro Cavalcanti, 2591 - Piedade, Rio de Janeiro.

No dia acontecerá a final do Concurso de Bandas católicas do FESTIVAL CHAMA JOVEM 2014, adoração ao Santíssimo Sacramento e muitos artistas da música católica estarão cantando e louvando a Deus.

Acesse nossa Fan Page e acompanhe todas as novidades.

https://www.facebook.com/pages/Festival-Chama-Jovem/597960323579344?ref=hl

quarta-feira, 2 de abril de 2014

CNBB divulga declaração sobre os 50 anos do golpe civil-militar

O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) aprovou hoje, 1º de abril, declaração sobre os 50 anos do golpe civil-militar, intitulada “Por tempos novos, com liberdade e democracia”. O texto, assinado pela Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), alerta as “gerações pós-ditadura para que se mantenham atuantes na defesa do Estado Democrático de Direito”. Os bispos relembram “os 21 anos que fizeram do Brasil o país da dor e da lágrima” e reafirmam “o compromisso da Igreja com a defesa de uma democracia participativa e com justiça social para todos”. Leia, na íntegra, a declaração da CNBB.

DECLARAÇÃO
POR TEMPOS NOVOS, COM LIBERDADE E DEMOCRACIA
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB faz memória, neste 1º de abril, com todo o Brasil, dos 50 anos do golpe civil-militar de 1964, que levou o país a viver um dos períodos mais sombrios de sua história. Recontar os tempos do regime de exceção faz sentido enquanto nos leva a perceber o erro histórico do golpe, a admitir que nem tudo foi devidamente reparado e a alertar as gerações pós-ditadura para que se mantenham atuantes na defesa do Estado Democrático de Direito.
Se é verdade que, no início, setores da Igreja apoiaram as movimentações que resultaram na chamada “revolução” com vistas a combater o comunismo, também é verdade que a Igreja não se omitiu diante da repressão tão logo constatou que os métodos usados pelos novos detentores do poder não respeitavam a dignidade da pessoa humana e seus direitos.
Estabeleceu-se uma espiral da violência com a prática da tortura, o cerceamento da liberdade de expressão, a censura à imprensa, a cassação de políticos; instalaram-se o medo e o terror. Em nome do progresso, que não se realizou, povos foram expulsos de suas terras e outros até dizimados. Ate hoje há mortos que não foram sepultados por seus familiares.
Ainda paira muita sombra a encobrir a verdade sobre os 21 anos que fizeram do Brasil o país da dor e da lágrima. Ajuda-nos a pagar essa dívida histórica com as vítimas do regime a Comissão da Verdade que tem por objetivo trazer à luz, sem revanchismo nem vingança o que insiste em ficar escondido nos porões da ditadura.
Graças a muitos que acreditaram e lutaram pela redemocratização do país, alguns com o sacrifício da própria vida, hoje vivemos tempos novos. Respiramos os ares da liberdade e da democracia. Porém, é necessário superar a injustiça, a desigualdade social, a violência, a corrupção, o descrédito com a política, o desrespeito aos direitos humanos, a tortura... A democracia exige participação constante de todos.
Fiel à sua missão evangelizadora, a CNBB reafirma seu compromisso com a defesa de uma democracia participativa e com justiça social para todos. Conclama a sociedade brasileira a ser protagonista de uma nova história, livre do medo e forte na esperança.
Nossa Senhora Aparecida, padroeira de nossa Pátria, nos projeta com seu manto, ilumine nossas mentes e corações a fim de que trilhemos somente os caminhos da paz, da justiça e do amor.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

terça-feira, 1 de abril de 2014

José de Anchieta inspira a evangelização das novas gerações

A ser canonizado por meio de decreto pelo Papa Francisco no próximo dia 2 de abril, o jesuíta José de Anchieta marca a história do Brasil e a evangelização da juventude. Para celebrar, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, presidirá missa em ação de graças na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no mesmo dia da canonização, às 18h. O Papa Francisco celebrará missa em ação de graças no dia 24 de abril na igreja romana dos jesuítas, Chiesa del Gesù.
“Vamos pedir a Deus para que esse grande homem, esse jovem que veio para o Brasil, que deu sua vida aqui, nos inspire para que possamos viver a nossa vida de fé, falar de Jesus Cristo a essas novas gerações”, ressaltou Dom Orani. O cardeal relembrou a alcunha do novo santo de “apóstolo do Brasil”. Em 1553, com 19 anos, foi convidado a vir para o Brasil como missionário, quando era noviço da Companhia de Jesus.
O arcebispo disse ainda que vivemos uma “mudança de época e de valores que são muito sérias”. A canonização de Anchieta mostra que a Igreja “reconhece pela sua vida, pelo trabalho que fez, pela sua pregação um grande evento que deve ser difundido pelo mundo afora”.
Além de ser emblemático para a história do Brasil, José de Anchieta também é uma “figura universal”, de acordo com o antigo reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutor em Direito Canônico, padre Jesus Hortal Sánchez, SJ.

A canonização era aguardada por fiéis de todo o país dada a popularidade do jovem, que soube unir povos e culturas. “Representa esse ideal da unidade em torno da mesma fé e da mesma cultura que se acaba formando pela fusão do português e do indígena. Creio que realmente é uma alegria muito grande e especialmente para nós jesuítas, porque Anchieta foi jesuíta e provincial. Foi uma pessoa importante dentro da nossa Ordem”, explicou o sacerdote.

Francisco: "Muitos cristãos estão anestesiados por preguiça e hipocrisia"


O Papa desenvolveu sua homilia, na missa desta terça-feira, 1º de abril, na Casa Santa Marta, comentando o trecho evangélico que narra o encontro entre Jesus e o paralítico, o qual, aos 38 anos, estava sob os pórticos perto da piscina esperando a cura. 
Este homem se lamentava porque não conseguia se imergir, era sempre antecipado por alguém. Mas Jesus o cura. Um milagre que provoca críticas dos fariseus porque era sábado e, naquele dia, diziam que não se faziam milagres. Nesta narração, encontramos duas doenças fortes, espirituais: a resignação e a preguiça.
Eu penso em muitos cristãos, muitos católicos: sim, são católicos, mas sem entusiasmo, inclusive amargurados! Cada um em sua casa, tranquilos… E se alguém ousa, é reprovado. É a doença da preguiça, da preguiça dos cristãos. Esta atitude que é paralisante do zelo apostólico, que faz dos cristãos pessoas estagnadas, tranquilas, mas não no bom sentido da palavra: que não se preocupam em sair para anunciar o Evangelho! Pessoas anestesiadas. 
E a anestesia, acrescentou o Papa, “é uma experiência negativa”. “A preguiça é uma tristeza (...) e esta é uma doença nossa, dos cristãos. Vamos à Missa aos domingos, mas sem incomodar. Esses cristãos sem zelo apostólico não servem, não fazem bem à Igreja. E quantos cristãos são assim, egoístas por si mesmos. Este é o pecado da preguiça, contra a vontade de doar a novidade de Jesus aos outros, aquela novidade que me foi dada gratuitamente”, disse o Papa. Mas neste trecho do Evangelho, afirmou ainda o Pontífice, encontramos também outro pecado, quando vemos que Jesus é criticado porque curou o doente no sábado. O pecado do formalismo. “Estes cristãos não deixam lugar à graça de Deus. Sua vida cristã é ter os documentos e certidões em ordem”.
“Cristãos hipócritas a quem interessam somente as formalidades. Fecham as portas à graça de Deus. Temos muitos assim na Igreja, e isto é outro pecado! Os que pecaram de preguiça não são capazes de ir adiante com zelo apostólico porque decidiram parar em si mesmos, em suas tristezas e ressentimentos. Estes não conseguem chegar à salvação porque fecham as portas a ela!”.
“Preguiça e hipocrisia são tentações que devemos conhecer para nos defender”, advertiu o Papa. “Diante destas duas tentações, diante daquele hospital de campo, que era o símbolo da Igreja, com tanta gente ferida”, Jesus pergunta: “Queres ficar curado?" e lhe dá a graça. Quando, depois, encontra de novo o paralítico, lhe diz: “não peque mais”. 
“As duas palavras cristãs: 'queres ficar curado?' e 'não peque mais', são palavras ditas com ternura, com amor. É este o caminho cristão: aproximar-se das pessoas feridas, neste hospital de campo... muitas vezes pessoas feridas por homens e mulheres da Igreja... As duas palavras de Jesus são mais bonitas do que a preguiça e a hipocrisia”.