quinta-feira, 27 de março de 2014

"24 horas para o Senhor"

Acontecerá no Santuário Nossa Senhora de Fátima
Uma Vigília Penitencial acontecerá, a pedido do Papa Francisco, das 17h da sexta-feira, 28 de março, às 17h do sábado, dia 29, em todas as dioceses do mundo. O pedido foi encaminhado pelo Pontifício Conselho para Nova Evangelização através de uma carta dirigida aos bispos titulares. A intenção é criar uma tradição, que anualmente seja repetida no quarto Domingo da Quaresma, conhecido como “Domingo da Alegria”.
No Rio de Janeiro, as atividades se concentrarão no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Recreio dos Bandeirantes. A partir das 17h terão início as confissões, num plantão de 24h, no qual sacerdotes se revezarão para atender os fiéis. Durante este período, haverá missa, adoração eucarística, louvor e formações. O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, também atenderá confissões no local.
“Nossa Arquidiocese recebeu a proposta das ‘24 horas para o Senhor’ como mais um passo para rumo a nova evangelização. Somos convidados a ser cada vez mais uma Igreja do ir”,afirmou monsenhor Joel Portella Amado, coordenador arquidiocesano de Pastoral. Segundo ele, será uma oportunidade de testemunhar que a Igreja está disponível para acolher, ouvir e dar o perdão de Deus a quem procura.
O sacerdote destaca, também, que a iniciativa possibilita os fiéis se reaproximarem da vida sacramental e da adoração eucarística. “O mundo hoje tem ritmos diferentes de outras décadas. Já não é tão tranquilo, por exemplo, firmar horários de início e de término. Na maioria das paróquias, há pessoas chegando em casa e se dirigindo ao trabalho ou outra atividade, nos mais variados horários. Deste modo, ficar disponível 24 horas é o jeito atual de dizer que a Igreja está disponível sempre”, afirmou o monsenhor.
Existe, ainda, o convite à revisão de vida, à reconciliação e à conversão. A Quaresma é um tempo propício para esta atitude. Neste tempo, na Arquidiocese do Rio é costume as paróquias realizarem os chamados mutirões de confissões. Os padres de uma mesma forania se unem para ouvir as confissões e perdoar os pecados. “É um costume antigo em nossa arquidiocese, que vai ser reforçado com a celebração das 24 horas para o Senhor”,completou o monsenhor.
O Santuário de Nossa Senhora de Fátima fica na Avenida Alfredo Baltazar da Silveira, 900, Recreio dos Bandeirantes. Informações: 3114-0411.
Papa ouvirá confissões no Vaticano
No domingo, 23, após a oração do Ângelus, o Santo Padre reforçou a importância do Dia do Perdão. “Sexta e sábado [28 e 29 de março] próximo viveremos um especial momento penitencial chamado ‘24 horas para o Senhor’. Será uma festa do perdão, que terá lugar também em muitas dioceses e paróquias do mundo”, afirmou o Papa.
A programação terá início com a Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro, no dia 28 de abril, às 17h. Logo após, o Pontífice confessará alguns fiéis.
A partir das 17h do dia 28 de março, algumas igrejas do centro de Roma também serão abertas para a oração e as confissões. A solenidade contará com a presença de confessores em três igrejas do Centro Histórico de Roma, a partir das 20 horas: Sant'Agnese in Agone, Santa Maria in Trastevere e Igreja dos Santos Estigmas. Nas três igrejas será realizada Adoração Eucarística durante toda a noite.
O Dia do Perdão concluir-se-á às 17h do sábado, dia 29, com a celebração das Vésperas do IV Domingo da Quaresma, presidida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, na Igreja de Santo Spirito in Sassia.

domingo, 23 de março de 2014

Complexo do Alemão sediará procissão e missa de Ramos com jovens cariocas

A juventude do Rio de Janeiro deverá se reunir para celebrar o Domingo de Ramos. O Setor Juventude da  Arquidiocese está organizando uma procissão seguida de missa, que deverá ser realizada no sábado, dia 12 de abril. A partir das 14h, os jovens das paróquias, movimentos, novas comunidades, congregações e pastorais da juventude são convidados a se concentrarem na Praça de Inhaúma, zona norte do Rio, para a procissão dos Ramos que vai se dirigir até o Complexo do Alemão.
O objetivo é relembrar a Jornada Mundial da Juventude e concretizar o apelo do Papa Francisco de ir ao encontro das “periferias existenciais”. A celebração eucarística será presidida pelo o bispo nomeado da Diocese de Valença (RJ) e referencial para juventude do Regional Leste 1, Dom Nelson Francelino Ferreira.
Para este percurso, o Setor Juventude pede que os jovens levem seus ramos. Durante o itinerário, um trio elétrico animará a juventude e a música ficará por conta do Ministério de música da Comunidade Shalom. Está confirmada também a banda Linguagem dos Anjos e um show com a a cantora Olívia Ferreira.
JMJ Rio2013
De acordo com informações do setor juventude, a juventude carioca ainda traz em seu coração as lembranças e marcas da JMJ Rio2013. O grande encontro com o Papa Francisco tocou a muitos, mas a experiência do ano passado não ficou para trás.
A Igreja, em todo mundo, celebra anualmente as Jornadas da Juventude no Domingo de Ramos, em nível diocesano, e a cada três anos aproximadamente, em nível internacional, como o será na Polônia, em 2016. Neste ano, ela acontecerá no dia 13 de abril com o tema “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5,3), escolhido pelo Santo Padre

Serviço
Procissão Missa de Ramos com a juventude carioca
Data: 12 de abril de 2014
Concentração para a procissão: 14h
Local: Praça de Inhaúma, zona norte do Rio
Santa Missa: 15h,  presidida por  Dom Nelson Francelino
Mais informações: setorjuventuderio@gmail.com

Dom Orani: "A paz é possível pela fé e vida fraterna"

“O desejo é que o pecador se converta”, afirmou o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, durante a missa presidida na manhã deste sábado, dia 22 de março, na Capela São Miguel Arcanjo, na Comunidade do Mandela, em Manguinhos. A celebração que já estava marcada anteriormente trouxe momentos de paz para os moradores do local que passaram por recentes conflitos, quando traficantes atacaram à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
"Esta missa é a oportunidade de anunciar que no meio dos conflitos e tribulações cremos em Jesus, caminho de vida e paz para todos. Celebramos a certeza da ressurreição, da vida em Cristo. Sabemos que a paz é possível pela fé, vida fraterna, amor e esperança. Lembramos que a comunidade têm locais abençoados pelo Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude Rio2013", disse Dom Orani.

A missa foi concelebrada pelo bispo auxiliar Dom Roque Costa Souza, pelo vigário episcopal para a Vida Consagrada, Dom Roberto Lopes, que é responsável pela Causa dos Santos, pelo vigário episcopal para a Caridade Social, cônego Manuel Manangão, pelo vigário episcopal do Vicariato Leopoldina, padre Alex Siqueira, e pelos diversos sacerdotes presentes.
No final, o arcebispo deu a bênção com a relíquia da Beata Irmã Dulce, que foi entregue ao cônego Manangão. O Banco da Providência foi escolhido para ser a primeira das entidades sociais a receber a relíquia.
O Rio Celebra é transmitido aos sábados, das 9h às 10h, pela Rede Vida, TV Nazaré, WebTV Redentor, Rádio Catedral FM 106,7 e Rádio Canção Nova RJ.




Fonte: arqrio.com
 (Fotos: Gustavo de Oliveira)

sexta-feira, 21 de março de 2014

Papa: "Quem confia em si mesmo, e não em Deus, está fadado à infelicidade"

O homem que confia em si mesmo, nas próprias riquezas ou nas ideologias, está fadado à infelicidade, disse o Papa Francisco na manhã desta quinta-feira, 20 de março, durante a Missa na Casa Santa Marta.
Em sua homilia, o Papa comentou a primeira leitura do dia, extraída do Livro de Jeremias, que declara “bendito o homem que confia no Senhor”: “é como uma árvore plantada junto da água”, que não para de produzir frutos no ano da seca.
A nossa confiança está somente no Senhor, disse Francisco. Não precisamos de outras ideologias. Do contrário, o homem se fecha em si mesmo, “sem horizontes, sem portas abertas e sem salvação”. É o que acontece ao rico do Evangelho, que não percebeu que ao lado de sua casa havia um pobre. O pobre sabemos que se chamava Lázaro, mas o rico “não tem nome”.
“E esta é a maldição mais forte de quem confia em si mesmo ou em suas forças, nas possibilidades dos homens e não em Deus: perder o nome. Qual seu nome? Conta número tal, no banco tal. Qual seu nome? Muitas propriedades, muitas casas... Qual seu nome? As coisas que temos, os ídolos. É amaldiçoado o homem que confia nisso”, questionou.
Confiança
O Papa também pediu que os fiéis questionassem onde está a sua confiança. No Senhor ou nos ídolos que fiz? “Ainda tenho um nome ou comecei a perder o nome e me chamo ‘Eu? Eu, mim, comigo, para mim, somente eu? Para mim, para mim… sempre aquele egoísmo: ‘Eu’. Isso não nos dá a salvação”, disse.
Todavia, observou Francisco, “no final há uma porta de esperança” para os que confiam em si mesmos e “perderam o nome”: A resposta de Deus é uma só palavra: ‘Filho!’. Se alguns de nós na vida, de tanto confiar no homem e em nós mesmos, acabamos por perder o nome, por perder esta dignidade, ainda existe a possibilidade de dizer esta palavra que é mais do que mágica, é mais forte: ‘Pai’. Ele sempre nos espera para abrir uma porta que nós não vemos, e nos dirá: ‘Filho’. Peçamos ao Senhor a graça que a todos nós dê a sabedoria de confiar somente Nele, não nas coisas, nas forças humanas, somente Nele”.

Dom Orani celebra missa por canonização do beato José de Anchieta

O beato José de Anchieta será canonizado pelo Papa Francisco, no dia 2 de abril, por meio de um decreto. Para celebrar a canonização, o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, presidirá uma missa em ação de graças na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no dia 2 de abril, às 18h.
O Papa Francisco celebrará ainda uma missa em ação de graças pela canonização do 'apóstolo do Brasil' no dia 24 de abril na igreja romana dos jesuítas, 'Chiesa del Gesù'.  Nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha), o beato foi um religioso fortemente ligado à evangelização no Brasil.
O jovem jesuíta desembarcou em solo brasileiro em julho de 1553, onde fundou junto com o padre Manoel da Nóbrega um colégio em Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo. Assim como Anchieta, Papa Francisco é membro da Companhia de Jesus, ordem fundada por Inácio de Loyola.
A beatificação de Anchieta foi feita por João Paulo II em 1980. O Papa Francisco também vai assinar decretos de canonização de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: François de Montmorency-Laval e Maria da Encarnação Guyart.
Fonte: arqrio.org

segunda-feira, 17 de março de 2014

Simbolismos do monte e da nuvem

Dom Edson de Castro Homem

Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Sempre se lê o evangelho da Transfiguração do Senhor no segundo domingo da Quaresma. Neste ano, o relato é de São Mateus. São aplicados a Jesus, na alta montanha, os simbolismos do monte e da nuvem, intimamente ligados ao itinerário quaresmal de Moisés, permanecido no Sinai durante 40 dias e 40 noites (Ex 24, 18).
No caminho pascal do êxodo, o monte não é simples acidente geográfico do deserto.  É símbolo ascensional do convite feito pelo próprio Deus a Moisés para que o subisse. O lugar se tornaria símbolo de teofania, pois ali Deus se revelaria e entregaria sua lei.  Então, Moisés foi encoberto pela nuvem (vv. 12-16), outro símbolo da presença divina misteriosa.  A glória do Senhor se assemelhara ao fogo devorador, símbolo de transcendência, e em cima da montanha (v. 17).
A Quaresma é convite insistente para entrarmos no mistério de Cristo, a fim de aprofundá-lo e vivê-lo. Somos convidados à subida de Jesus com Pedro, Tiago e João à alta montanha (Mt 17, 1). Sua altitude tem menos de geográfica e muito de simbólica. Porém, visa à realidade da experiência espiritual.  Diz da elevação, tanto ascética quanto mística do empenho, seja no esforço de se dispor a subir com os demais, seja no de permanecer extasiado a contemplar, conforme o desejo de Pedro: “Senhor, é bom ficarmos aqui” (v. 4). Há um transbordamento de alegria e de rara satisfação.
A experiência do monte da glória logo terminaria. Súbita, porém intensa. Teriam eles que retomar a descida, ao dia a dia do discipulado: “Levantai-vos” (v. 7). Assim, da contemplação na quietude partem à ação.  A descida integraria a contemplação da face desfigurada do Crucificado até o abandono (27,46) enquanto não irradiasse para sempre o rosto resplandecente do Ressuscitado.
A transfiguração de Jesus irradiante, apenas por instantes, expressa sua divindade que a humanidade escondia. A simples presença de Moisés, sinal da lei, e de Elias, sinal das profecias, ambos intimamente ligados ao Sinai, confirma ser Jesus o cumprimento da promessa. Conversavam com Ele familiarmente (v. 3).  A voz vinda da nuvem, cuja sombra os cobria, reforça, enquanto nuvem e enquanto voz, a revelação do mistério: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo, ouvi-o!”(v. 5). A voz é palavra de comando. Soa solene.  Ecoa enfática.
De tudo que foi dito, Jesus é apresentado como sendo o novo Moisés e o novo Elias. Quer dizer: é o Mestre, que ensina, legisla e profetiza.  A subida à alta montanha (v. 1) se torna para nós, discípulos, convite ao novo Sinai?  Seja como for, Mateus conclui seu evangelho na “montanha que Jesus lhes determinara” (28,16), sem referência de nome e sem precisar o lugar. Com toda a autoridade que lhe foi entregue, manda que seu ensinamento se divulgue (vv. 18-19). Em seguida, os 11 hão de dizer com autoridade em todos os povos: ouvi-o! Tornem-se discípulos de Jesus!
Retomamos no itinerário quaresmal o empenho do simbolismo ascensional.  Subimos para a Páscoa com Jesus. Tal elevação espiritual exige o esforço e a aspiração pessoais de ultrapassarmos os limites impostos pelo cotidiano e pela rotina, unidos à Igreja e colaborando com a graça de Deus.
Parafraseando Santa Teresa de Ávila para a qual todo fiel vive sua própria “subida ao monte Carmelo”, empenhamo-nos na ascensão pessoal e eclesial do Tabor da glória ao Calvário da humilhação, ambos passageiros, à luz eterna da visão de Deus. Da beleza dos simbolismos do monte e da nuvem até a autêntica “medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4, 13). Da compreensão da largura e do comprimento e da altura e da profundidade do seu mistério até as dimensões de seu amor, que excede todo conhecimento (cf. Ef 3, 18-19). Eis o núcleo estimulante da proposta quaresmal, só possível se o Espírito Santo, com seu sopro vital, nos conduzir e nos sustentar seja na subida à altura seja na descida à profundidade. Para tanto, toda docilidade ao mesmo Espírito.

quinta-feira, 13 de março de 2014

“Rezai por mim”, pede Francisco ao completar um ano de pontificado



Mensagem do Papa no twitter foi publicada nesta quinta-feira, 13, 
um ano após a eleição de Francisco como Bispo de Roma


Nesta quinta-feira, 13, completa-se um ano de pontificado do Papa Francisco. Via twitter, ele deixou uma mensagem aos fiéis: “Rezai por mim”.
Na conta @Pontifex, em nove línguas, os seguidores do Papa somam cerca de 12 milhões e 370 mil. São 5.082.200 em espanhol, 3.773.500 em inglês, 1.575.100 em italiano, 975.600 em português, 248.600 em francês,  224.800 em latim, 195.600 em polonês, 177.500 em alemão e 116.000 em árabe.
O Cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa em 13 de março de 2013. O 266º Sucessor de Pedro é o primeiro pontífice latino-americano, o primeiro não europeu em mais de 1200 anos e o primeiro a escolher “Francisco” como nome de pontificado. Ele sucedeu Bento XVI, que renunciou ao papado em 28 de fevereiro de 2013.

terça-feira, 11 de março de 2014

Aniversário: Papa Francisco ganha álbum no site do Vaticano

Para assinalar o primeiro aniversário de pontificado do Papa argentino, que se celebra esta quinta-feira, dia 13 de março, o Vaticano publicou um álbum digital com 36 fotos e citações de Francisco. 
A publicação tem como título ‘Queremos ser santos? Sim ou não?’, pergunta feita pelo Papa aos peregrinos durante a oração do Angelus do último dia 16 de fevereiro. Dentre as frases do álbum, constam: “Nunca sejam homens e mulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais!”; e “Não tenham medo dos fracassos, não tenham medo das quedas. Na arte de caminhar, o que importa não é tanto não cair, mas principalmente, não 'ficar caído': levantar-se depressa, logo, e continuar a caminhar”.
Jorge Mario Bergoglio, 77, foi eleito como sucessor de Bento XVI em 13 de março de 2013, no conclave que sucedeu a renúncia de Bento XVI.
Em doze meses, o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e o primeiro sul-americano visitou o Brasil (Rio de Janeiro e Aparecida) e realizou três viagens à Itália, incluindo uma à ilha de Lampedusa.
Entre os principais documentos do atual pontificado estão a encíclica ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e a exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho). Francisco também convocou um Sínodo sobre a Família que terá duas sessões: uma extraordinária em 2014 e outra ordinária, em outubro de 2015.
O Pontífice criou uma Secretaria para a Economia e um Conselho de Cardeais, com membros dos cinco continentes, para o aconselharem no Governo da Igreja e na reforma da ‘Constituição’ do Vaticano, aprovando nova legislação para regular a atividade financeira da Santa Sé.
Conheça o álbum, na página www.vatican.va.

Divulgada a data oficial da JMJ2016 Cracóvia

De 26 a 31 de julho de 2016: é esta a data oficial da Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Cracóvia. De 20 a 25 de julho, por sua vez, acontecem “As jornadas nas Dioceses”. É o que foi publicado no site oficial da JMJ polonesa (www.krakow2016.com) que traz também um programa em suas linhas gerais. 
Na terça-feira, 26 de julho, será realizada a cerimônia de abertura, o Festival da juventude. De quarta-feira, 27, a sexta-feira, 29 de julho, as catequeses. Na quinta-feira, dia 28, está prevista a acolhida do Papa, e na sexta-feira à noite (29), haverá a Via Sacra. 
Sábado, dia 30, é o dia da vigília, e domingo, 31 de julho, a missa de encerramento com o envio e o anúncio da próxima edição internacional da JMJ. O site informa ainda que nos últimos dois dias, a comissão está trabalhando com a presença de 2 milhões de jovens. 300 mil estão sendo esperados nos “Dias das Dioceses”, ou seja os momentos de estreitar os laços dos jovens do mundo com as 43 Dioceses polonesas.
Fonte: arquirio.org

sexta-feira, 7 de março de 2014

Papa enfatiza: não há estilo cristão sem a cruz e sem Jesus

Santo Padre destacou que o estilo cristão é humilde, manso e generoso


Humildade, mansidão e generosidade: este é o estilo cristão, um caminho que passa pela cruz, como fez Jesus, e é um caminho que leva à alegria. Esta foi, em síntese, a reflexão do Papa Francisco, na homilia desta quinta-feira, 6, na Casa Santa Marta.
O Santo Padre recorda as palavras de Jesus no Evangelho do dia: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, a cada dia, e siga-me”. Segundo o Papa, esse é o “estilo cristão”, porque foi Jesus quem primeiro percorreu este caminho.
“Nós não podemos pensar a vida cristã fora deste caminho que Ele fez primeiro: o caminho da humildade, da humilhação, de aniquilar a si mesmo e depois ressurgir. O estilo cristão sem a cruz não é cristão, e se a cruz é uma cruz sem Jesus, não é cristã.”
Jesus deu o primeiro exemplo, diz Francisco. Mesmo sendo igual a Deus, aniquilou-se, fez-se servo por todo o povo. Este estilo de vida é o que trará a salvação, conforme enfatiza o Santo Padre, dará alegria e tornará o homem fecundo. “Porque este caminho de renunciar a si mesmo é para dar vida, é contra o caminho do egoísmo”
O Pontífice lembrou que seguir Jesus é alegria, mas fazer isso com o estilo de Cristo, não com o estilo do mundo. Ele explicou que seguir o estilo cristão significa percorrer o caminho de Deus, cada um como pode, para dar vida aos outros, não para dar vida a si mesmo.
“No início da Quaresma, peçamos ao Senhor que nos ensine um pouco deste estilo cristão de serviço, de alegria, de aniquilação de nós mesmos e de fecundidade com Ele, como Ele a quer”.

Iniciemos a Quaresma




Cardeal João Orani Tempesta
Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

Quando iniciamos a Quaresma, na Quarta-feira de Cinzas, recebendo-as sobre as nossas cabeças como sinal de reconhecimento do nosso pecado e a necessidade de conversão, a Palavra de Deus nos lembra do jejum, da esmola e da oração (Mt 6, 1-6.16-18). “Quando jejuares perfuma a cabeça e lava o rosto... e o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. Encontramos também Jesus lembrando que “quando o esposo for tirado, então jejuarão”, na clara alusão tanto à Sexta-feira Santa como também à nossa separação d’Ele pelo pecado.
Sim, oração, jejum, esmola, lectio divina, confissão e tantas outras práticas quaresmais se juntam ao tema da Campanha da Fraternidade, neste ano sobre o Tráfico Humano, para nos ajudar a vivenciar a nossa vida cristã e renová-la neste tempo favorável.
O apelo de Cristo visa à nossa mudança interior, à transformação de nossas vidas, à conversão do coração e à penitência interior, reorientando nossa vida para Deus e rompendo com o pecado. É a busca de acolher o coração novo! Para isso, as atitudes de reconciliação, cuidado dos necessitados, confissão de nossas faltas, revisão de vida e outras atitudes nos ajudam, assim como algumas atitudes que fazem o nosso corpo também participar dessa renovação espiritual.
Somos chamados a sempre buscar uma vida de conversão, e, para isso, ao acolher a graça de Deus ter também práticas de ascese que nos ajudem nessa caminhada. “O Cristão é, de modos e formas diferentes, asceta e místico, virtuoso e espiritual ao mesmo tempo, operante por capacidade própria e dirigido pelo influxo do Espírito do Ressuscitado. Com esse princípio, a vida cristã propõe também uma ascese que se funda na caridade, em virtude da qual o cristão renuncia a tudo o que o impede de tender à perfeição evangélica.”
A caminhada quaresmal conduz-nos a renovar a vida cristã que, no fundo, é uma busca de recolocar-nos no caminho da santidade, atitude que deve ser constante, mas que recebe um incremento especial neste tempo favorável. “O aspecto mais sublime da dignidade humana consiste em sua vocação para a comunhão com Deus. Desde o seu nascimento, o homem é convidado ao diálogo com Deus.” (GS, 19)
É nesse contexto que a Igreja propõe como um dos seus mandamentos “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja” (CIC 2043), contribuindo para nos ajudar a preparar para as festas litúrgicas e a adquirir domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração.
A Igreja convida-nos, durante o tempo da Quaresma e depois também todas as sextas-feiras do ano (em memória da Sexta-feira Santa), a termos momentos fortes de prática penitencial.
O Diretório Litúrgico da Igreja no Brasil resume a questão do Jejum e Abstinência lembrando que estão obrigados à abstinência os maiores de quatorze anos de idade e, ao jejum, os que estão entre os dezoito e os sessenta anos. E ainda aí nos recorda: dias de penitência são todas as sextas-feiras do ano, que pode ser com abstinência de carne ou outro alimento, ou ainda alguma outra forma, como obra de caridade ou exercício de piedade.
Dias de Jejum e Abstinência são apenas a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa. E também aqui “a abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia.”
Parece muito pouco o que a Igreja nos pede para tão grandes resultados, mas a intenção é que, dentro de uma orientação bastante aberta, possamos andar no caminho sincero de conversão, como, aliás, é o espírito dessa norma, pois lembra, à luz dos documentos, que mesmo os que não estão sujeitos a essas práticas sejam formados no sentido genuíno da vida em conversão.
Somos convidados a levar a sério este tempo que se abriu para nós refazendo o caminho do Êxodo e, estando unidos a Cristo, viver esses abençoados 40 dias de renovação interior, de vida de conversão para chegarmos purificados e renovados à Páscoa da Ressurreição, quando, no Sábado Santo, iremos solenemente renovar os nossos compromissos batismais.