sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Campanha eleitoral: a família e a educação

Cônego Manuel Manangão*

Família e educação são temas que estarão sempre no núcleo de uma reflexão para a escolha de candidatos aos cargos públicos. Pois, eles devem efetivamente se preocupar com a vida e a pessoa humana. Infelizmente, em nossos dias, muitos costumam dizer que a defesa da família é uma atitude conservadora e ultrapassada. E outros, sabendo que a Igreja defende e promove a família, até incorporam este tema em seus discursos. Na hora, porém, de efetivamente sair em prol da família, pouco ou nada fazem. O Evangelho, porém, nos ensina que deixar de defender a família é não se comprometer com a vida e a paz.

Quem defende a família se esforça pela geração de emprego e renda dignos para os pais e mães, escola para as crianças e assistência médica para todas as idades. Defende a família, quem se empenha pelos direitos individuais, pela família baseada no casamento entre um homem e uma mulher, pelo direito dos pais de escolherem a educação de seus filhos.

Por isso, diante das propostas dos candidatos, procure saber o que ele entende por defesa da família. Procure indagar para saber se suas propostas estão adequadas com o que a Igreja indica como defesa autêntica da família. Faça, então, o discernimento a partir das respostas teóricas e práticas que a vida do candidato apresentar.

Na defesa da família, não se pode deixar de lado o direito de todos à educação. À luz da fé, a educação é um direito de toda pessoa, cabendo à família e não ao Estado a direção do processo educacional. A verdadeira educação é aquela que respeita as opções da família, sem impor ideologias do Estado ou de uma parcela da sociedade.

O que seu candidato tem de fato realizado em favor da educação? O que ele diz quando mostramos a ausência de escolas, especialmente para os mais pobres? Como ele age diante da uma realidade que transformou a educação em fonte de lucro, deixando em segundo plano a formação integral das pessoas?

Numa educação integral há que se respeitar as convicções das pessoas e a orientação religiosa das famílias.

Uma grande conquista foi a aprovação, no Estado do Rio de Janeiro, do ensino religioso confessional e plural.

Você conhece esta proposta de ensino religioso confessional e plural? Que passos você tem dado para conhecer melhor esta proposta? E o seu candidato? O que ele pensa sobre este assunto? Como ele tem se posicionado? Ele está entre os que têm tentado revogar a lei? Está entre os que estão impedindo sua implantação?

Reflita, converse com os amigos e pessoas da comunidade. Lembre-se: O voto não tem preço, tem consequências.

* Vigário para a Caridade Social

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