É interessante esta narrativa onde o mal manifestado por um espírito impuro dialoga com Jesus reconhecendo-o como Messias, o Santo de Deus. Mais parece uma profissão de fé, ainda que seja para vê-la distante, pois Ele é reconhecido como uma ameaça, que veio para destruir a obra das trevas. Vejamos, eles reconhecem a força do ministério de Jesus e a autoridade de sua Palavra. A Palavra de Cristo constitui urna fonte de luz que dissipa das mentes as trevas e reconstrói a dignidade humana. As potências do mal temem o poder de Cristo.
Rezamos a Palavra, cantamos a Palavra e a vemos sempre com forte autoridade espiritual exercida na administração dos sacramentos. Percebemos hoje, especialmente neste texto sagrado, esta particularidade de ser ela uma fonte libertadora. Precisamos retomar esta consciência da autoridade da Palavra que direciona a nossa vida para uma prática fraterna, liberta-nos das falsas doutrinas, transforma as relações humanas, que edifica uma vivência da justiça, do amor e da paz. Tomando posse desta riqueza espiritual não
deixemos que nada possa gerar medos, inseguranças e divisões.
Que seja este texto do Evangelho a possibilidade de percebermos o bem espiritual que devemos aprender a usufruir. Que nos diversos trabalhos pastorais de nossa Igreja possamos manifestar a autoridade de um ensinamento novo que propõe a libertação do ser humano em sua totalidade.
Publicado no Jornal Testemunho de Fé de 5 a 11 de fevereiro.
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